Muito se tem falado, nestes tempos, sobre o autoamor.
E muitos ainda não sabem o que realmente seja o autoamor, confundindo-o com egoísmo, com vaidade.
O autoamor nada tem a ver com esses sentimentos doentios, que deixam transparecer que, no íntimo da pessoa, prevalece o medo, a insegurança, em razão dos conflitos que ainda carrega em si.
O egoísta não se ama. Ele ama a posse, as suas paixões, os seus desequilíbrios.
No entanto, o amor verdadeiro é o combustível da vida. É ele que nos sustenta na caminhada do progresso que almejamos.
O amor é de essência Divina, é o sentimento mais sublime que se pode conceber.
Reclama-se da falta de amor verdadeiro na face da Terra, porque muitos esperam apenas receber amor, poucos se dispõem a vivenciá-lo, a doá-lo.
Muitos nem sequer sabem que aquele que não se ama, não consegue amar a ninguém, pois não se dá daquilo que não se tem.
Jesus recomendou que amássemos ao próximo como a nós mesmos.
Como fazer isso, quando não se possui o parâmetro do amor a si mesmo?
Muitos pensam que o amor deve ser buscado lá fora, mas é dentro de si mesmo que está a fonte desse recurso.
Deus é Pai de amor e bondade, e como filhos Seus, todos possuímos essa semente, esperando ser cultivada para germinar.
Cada qual deve desenvolver a chance de deixar crescer e florescer o amor que traz em si.
Quando a criatura se ama, ela se respeita, se valoriza, aprende a selecionar atitudes e escolhas que lhe façam bem.
Quanto mais se ama, mais se desliga de crenças, de dependências, de pessoas e situações prejudiciais.
Autoamor dá equilíbrio interior, propicia crescimento intelectual, espiritual, emocional, moral.
O autoamor nos detém ante vícios e abusos de qualquer ordem.
O autoamor permite engrandecimento e sublimidade nos projetos de vida.
Para isso, importante buscar o autoconhecimento, avaliar posturas, sentimentos, ações, e mudar o que precisa ser mudado.
A meditação, por alguns minutos diários, permite essa viagem interior.
Descobre-se que a maioria dos problemas que se enfrenta não está nos outros, mas no nosso próprio íntimo.
A meditação permite que se observe, em nós, as causas e as soluções para os nossos problemas.
Percebe-se então, quem realmente somos, e o que precisamos mudar em nosso interior, propiciando oportunidades de crescimento.
Mesmo que nos assustemos com o que somos, fujamos da culpa e do remorso.
O autoperdão é fundamental nesse processo.
É importante a aceitação de quem somos para podermos realizar a autotransformação.
Usemos o momento atual para agir acertadamente, trabalhando a melhoria que almejamos.
A Doutrina Espírita alerta para que sejamos hoje melhores do que fomos ontem, e amanhã, melhores do que somos hoje.
Conhecendo-nos, nos aceitando, nos melhorando, acabaremos por nos amar.
Em nos amando, estaremos habilitados a amarmos ao próximo conforme a Lei nos pede.
Amando-nos e amando ao próximo, perto estaremos de amar a Deus!
Redação do Momento Espírita.
Em 14.11.2015.
http://momento.com.br/
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