A imensa maioria dos homens afirma acreditar em Deus.
Contudo, seus atos nem sempre refletem essa crença.
Corruptos, mentirosos, maledicentes, fraudadores e assassinos figuram dentre os que se afirmam crentes.
É como se admitir a existência da Divindade fosse algo sem relação com qualquer aspecto prático do viver.
Crer em Deus não implica filiar-se a uma associação religiosa.
A Divindade não pertence a uma ou outra religião.
Mas admitir a existência do Criador tem consequências inevitáveis.
É imprescindível viver de acordo com o que se acredita.
Deus é a causa primária de todas as coisas.
Sendo a origem de tudo o que existe, de toda a vida, Ele fornece o sentido e a razão do viver.
Conforme a ideia que faz da Divindade, o homem deve orientar o próprio comportamento.
A Humanidade ainda é muito limitada para compreender a essência do Criador.
Entretanto, a lógica indica o que Ele não pode ser, sem deixar de ser Deus.
Daí se deduz o que Ele deve ser.
É inerente à ideia de Deus a posse de todas as virtudes em seu grau máximo.
Se Ele possuísse em grau menor qualquer virtude, alguém poderia ultrapassá-lO.
Então, esse ser é que seria supremo e ocuparia o posto da Divindade no Universo.
Possuir uma qualidade ao infinito implica a impossibilidade de também ostentar, ainda que minimamente, a qualidade que lhe é contrária.
É impossível que um lenço seja infinitamente branco, mas tenha algumas manchas negras.
Consequentemente, não é possível ser totalmente bom, mas fazer algumas maldades.
A obra da Criação revela, em sua formulação, a presença de uma Inteligência que supera enormemente a capacidade do homem mais brilhante.
Conclui-se que Deus é a Suprema e Soberana Inteligência, ilimitada em Seu potencial.
Deus é Eterno, pois não teve começo e não terá fim.
Se tivesse tido princípio, alguém ou algo teria existido antes dEle, presenciado o que Ele não presenciou e saberia o que Ele não sabe.
Esse algo Lhe teria dado origem e seria o verdadeiro Deus.
Se Deus tivesse fim, alguém poderia sobreviver a Ele e desfazer o que Ele fez.
Deus é onipotente.
Caso houvesse algo que não pudesse fazer, sempre se poderia conceber uma entidade mais poderosa, a qual seria o Ente Supremo.
Deus é soberanamente justo e bom.
A providencial sabedoria das Leis Divinas revela-se em todas as coisas.
O instinto materno, a beleza da natureza, a harmonia do movimento dos astros, tudo isso revela a bondade Divina.
Se Deus fosse injusto, em apenas uma situação, já não seria infinitamente bom, pois toda injustiça é uma maldade.
Certamente você concorda com isso.
Mas talvez veja pouca relação entre essa concepção do Divino e a sua vida.
Mas reflita:
Deus é infinitamente justo e bom, Ele tudo pode e sabe.
Isso implica reconhecer a impossibilidade de qualquer injustiça persistir em face das Leis Divinas.
Não há absolutamente nada que você faça e fique sem resposta.
Talvez você não perceba de imediato as consequências, mas elas sempre vêm, nesta encarnação ou em outra.
Assim, se você deseja paz e felicidade, seja honesto, trabalhador, justo e bondoso.
A consequência de crer em Deus é a necessidade de comportar-se dignamente.
Redação do Momento Espírita.
Em 28.09.2012.
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