segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

O HOMEM DE NAZARÉ

Vinte séculos já se escoaram no tempo. 
Ao finalizar-se o último milênio, a figura de Jesus foi muito lembrada. 
Ao mesmo tempo, contestada. 
Ainda existem pessoas que afirmam que Ele jamais existiu. 
E procuram algumas anotações distorcidas da História, para justificarem a sua tese. 
Contudo, quem, na História do mundo, realizou o que Ele fez, em tão pouco tempo e com tão pouco? 
Ao nascer, não tinha sequer um berço e Lhe foi improvisada uma manjedoura, onde os animais buscavam o alimento. 
Os primeiros momentos da Sua vida passou em um estábulo, entre o calor dos animais e o amor dos pais. 
O teto não Lhe pertencia. 
Na infância, esteve no Egito, na qualidade de estrangeiro, submetendo-Se às leis dos homens. 
Depois, de retorno a Nazaré, viveu no lar humilde de um carpinteiro, moldando com Suas mãos a madeira para a transformar em mesas, bancos, utensílios vários. 
Ao iniciar o Seu messianato, entre os homens, escolheu doze trabalhadores do povo. 
À exceção de um deles, Mateus, todos os demais, homens rudes, acostumados à lide com redes e comércio. 
Não dispunha de recursos amoedados. 
Pregava à beira do lago, nas praças, nos vilarejos. 
Utilizava-Se das oportunidades nas sinagogas e no Templo. 
Os exemplos, para a pregação do Reino que vinha implantar no coração dos homens, colhia das coisas simples, mas expressivas, da natureza. 
Um grão de mostarda para lecionar o tamanho da fé que remove montanhas. 
Uma figueira que se negava a dar frutos, desatendendo a sua missão, para dizer da necessidade de se produzir sempre. 
Flores do campo e aves do céu para ensinar a lição inigualável da Providência Divina, que por todos vela. 
Ovelhas para falar de mansidão e da preocupação do Pastor para com cada uma delas. 
Pérolas para dizer da preciosidade das lições que Ele trazia do Pai para a Terra.
Sementes, campos férteis e terras áridas para Se referir ao próprio coração humano ao qual Se dirigia. 
Falou de justiça numa Terra cansada de injustiças sociais. 
Trouxe a lição da não violência, num mundo envolvido em muitas guerras.
Ensinou que o Divino Criador é Pai de todos, sem diferença de nacionalidade ou condição social. 
Ninguém disse o que Ele disse e da forma que O fez. 
E até hoje, ninguém teve o Seu aniversário comemorado, todos os anos, pelo mundo todo, durante mais de dois mil anos. 
* * *
Jesus é o mais notável Ser da História da Humanidade. 
A Sua vida e a Sua obra são as mais comentadas e discutidas dentre todas as que já passaram pela cultura e pela civilização, através dos tempos. 
O Seu Testamento, o Evangelho, é o mais belo poema de esperanças e consolações de que se tem notícia. 
Ainda hoje, a Sua voz alcança os ouvidos de todos aqueles que sofrem, ou que aspiram pelos ideais de beleza e de felicidade, os que aguardam por melhores dias. 
O Seu convite é para o prosseguimento da autossuperação, na rota da perfeição. 
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais colhidos na Apresentação do livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. Disponível no CD Momento Espírita, v. 15, ed. FEP. 
Em 19.12.2023.

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