quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

A ESCOLHA

Os amigos diziam que Jerry era um poço de otimismo. 
Com ele, não havia tempo ruim. 
Toda vez que alguém o cumprimentava e perguntava "Como vai você?"
A resposta pronta, vibrante era: 
-Vou muito bem! 
Os garçons de toda a cadeia de restaurantes que ele gerenciava, seguiam seu exemplo. 
Ele era verdadeiramente motivador. 
Costumava dizer: 
-Toda manhã, ao acordar, penso em que tenho duas escolhas a fazer: viver muito bem o dia ou viver mal. Se acontece algo desagradável, posso escolher ser vítima da situação ou aprender algo com o ocorrido. Escolho a segunda opção. 
Certo dia, um leve descuido o levou a deixar aberta a porta dos fundos do restaurante onde se encontrava. 
Estava sozinho, em encerramento de expediente e três assaltantes armados entraram e o renderam. 
Sob a mira das armas, tentando abrir o cofre, Jerry ficou nervoso e errou a combinação. 
Fosse porque eles mesmo estivessem assustados, fosse porque ficaram com raiva por nada conseguirem, os ladrões atiraram várias vezes nele e fugiram. 
Socorrido a tempo, depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry teve alta e voltou para sua casa.
Um amigo foi visitá-lo.
E, entre outras coisas, lhe perguntou o que passara na sua mente quando os ladrões invadiram o restaurante e o subjugaram. 
-A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos. Depois, enquanto estava baleado, estirado no chão, lembro-me que tinha duas escolhas: eu podia escolher viver ou podia escolher morrer. Escolhi viver. Os paramédicos foram excelentes e ficaram me dizendo que tudo ia dar certo. Lembro que quando cheguei à sala de cirurgia, vi as expressões no rosto dos médicos e das enfermeiras. Em todos eu lia: “Ele perdeu muito sangue. As balas fizeram um estrago muito grande. É um homem morto.” Fiquei com medo. Sabia que tinha que fazer alguma coisa. Então, uma enfermeira perguntou se eu era alérgico a algum produto. Respondi afirmativamente. Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente os preparativos, esperando pela complementação da resposta. Respirei fundo e falei: “Sou alérgico a balas.” Enquanto todos riam, eu lhes disse: “Eu estou escolhendo viver. Operem-me como se eu estivesse vivo, e não morto.” 
Meses depois, com fragmentos de balas pelo corpo e muitas cicatrizes, continuava a ser a imagem do otimismo. 
Ele sobreviveu graças à habilidade dos médicos mas, sobretudo, por sua atitude decidida.
* * *
A vida é a arte de bem escolher. 
Consiste em muitas escolhas. 
Quando tiramos todos os detalhes e enxugamos a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas. 
Podemos escolher como reagir nas situações. 
Podemos escolher estar felizes ou ficar tristes, calmos ou nervosos.
Podemos escolher como as pessoas irão ou não afetar o nosso dia, o nosso humor, a nossa disposição. 
Em resumo, a escolha sempre é nossa. 
Podemos mergulhar em reclamações ou apontar o lado positivo da vida e viver melhor. 
A melhor escolha é a de viver em plenitude, viver por completo, aproveitando as lições para crescer. 
Redação do Momento Espírita, com base no texto Atitude é tudo, de autoria ignorada. 
Em 7.12.2023.
https://www.momento/pt/index.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário