sexta-feira, 7 de julho de 2023

CARMA DE SOLIDÃO

Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e aflição, que acreditas não ter como superar. 
Sorris, e tens a impressão de que é uma expressão estranha que se estampa na face. 
A alma parece prosseguir em pranto silencioso. 
Anseias por afetos e constatas que a ninguém inspiras amor, atormentando-te, não poucas vezes, e resvalando na melancolia injustificável. 
Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia, te descobres a sós, carpindo rude angústia interior. 
Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos ditosos, e um amor dedicado que te coroassem a existência com os louros da felicidade.
Sofres e te consideras infeliz. 
Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros, aqueles que te parecem felizes, que desfilam nos carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados. 
Também eles experimentam necessidades urgentes, em outras áreas, não menos afligentes que as tuas. 
Somente eles sabem o que padecem, de que se ressentem, o que lhes falta. 
Se os pudesses consultar, perceberias como alguns deles te invejam... 
A vida, na Terra, é feita de muitos paradoxos. 
E isto se dá em razão de ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de expiações redentoras. 
Assim, não desfaleças, porquanto este é o teu carma de solidão. 
Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações pessimistas e muda de atitude mental, reintegrando-te na ação do bem. 
O que hoje te falta, desconsideras-te anteriormente. 
Perdeste, porque enquanto tinhas o que agora sentes necessidade, não tiveste cuidado nem consideração alguma. 
A invigilância te levou ao abuso, e praticaste falta grave contra o amor. 
A tua consciência espiritual sabe que necessitas reparar, o que te leva, nas vezes em que a alegria te visita, a retornar à tristeza, rememorar sofrimentos, fugindo para a tua solidão... 
É muito provável, também, que, aqueles a quem magoaste, ainda magoados, te busquem, no hoje, psiquicamente, dessa forma mais te afligindo. 
Reage com otimismo à situação e enriquece-te de propósitos superiores, que deves pôr em execução. 
Ama, sem aguardar resposta. Serve, sem pensar em recompensa. 
O que ora faças no bem, atenuará, liberará o que realizaste equivocadamente e, assim, reencontrar-te-ás com o amor, em nome daquele que permanece até agora entre nós como sendo o amor não amado, porém, amoroso sempre. 
* * * 
A dor é mecanismo de aprendizado constante. 
Nas leis maiores do Criador não existe o sofrer por sofrer. 
Todo sofrer visa aprendizado, visa redenção da alma que busca a felicidade. 
Isso representa dizer que há um objetivo em toda dor que nos alcance.
Saber bem sofrer é uma arte, e toda arte exige disciplina, disciplina e disciplina. 
Também coragem e resignação. 
Importante nos recordarmos que Deus jamais coloca fardos tão pesados que nossos ombros não possam suportar. 
O fardo é proporcionado às nossas forças físicas e espirituais. 
E uma das belezas desta vida é que quando nos propomos a bem sofrer, nunca estamos realmente sozinhos. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 13, do livro Viver e amar, pelo Espírito Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 07.07.2023.

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