segunda-feira, 31 de julho de 2023

A LEI CUIDA DE TODOS

Em uma apreciação rasa das ocorrências do mundo, talvez pareça que as injustiças imperam. 
Entretanto, a ordem cósmica é perfeita e ninguém consegue burlar seus imperativos. 
Não há como negar que os homens erram, em sua imperfeição. 
Às vezes utilizam a liberdade de modo infeliz e causam dores na vida do próximo. 
Mas absolutamente ninguém se furta de assumir as consequências de todos os seus atos. 
Ações dignas se convertem em bênçãos e luzes. 
Desafios vencidos, com coragem e dignidade, abrem portas para fases mais ricas da existência imortal. 
O mesmo se dá com relação aos equívocos, apenas com outra conotação.
Tudo o que se faz, diz e pensa, tem consequências.
A influência que se exerce no mundo vincula o porvir. 
Quem incentiva o vício, semeia a dor ou dilapida os tesouros da vida, prepara dias de angústia para si próprio. 
Contrariamente ao que por vezes se pensa, o propósito da Lei Divina não é punir. 
Ela objetiva educar, corrigir e levar o faltoso à reparação. 
A dor, como resultado do equívoco, é apanágio de quem se nega a retificar o que fez. 
Isso não implica que o ato de reparar, embora não tenha necessariamente uma conotação dolorosa, seja fácil. 
Tudo depende da gravidade dos desdobramentos do ato praticado.
Imagine-se que um homem induz outro a desenvolver determinado vício ou a adotar certa conduta leviana. 
O primeiro vincula-se aos reflexos de seu agir inconsequente. 
O segundo pode ter estrutura moral mais frágil e se complicar de modo grave. 
Talvez ponha a perder o equilíbrio de sua família e a própria saúde. 
Quem o induziu ao despenhadeiro terá de auxiliá-lo na caminhada de retorno. 
Assim, convém prestar muita atenção na influência que se exerce sobre o semelhante. 
Nunca se sabe o quanto os próprios atos, exemplos e palavras podem ser impactantes. 
Quem se faz instrumento do mal lança algo em direção ao futuro. 
O único modo de impedir o retorno, na forma de aflições, é se dispor rapidamente à reparação. 
Uma vez consciente do equívoco, impõe-se assumir corajosamente as consequências. 
Providências nobres, voltadas à reconstrução da harmonia, constituem o amor que cobre a multidão de pecados, no dizer evangélico. 
Tendo em mente a perfeição da ordem cósmica, não há razão para se angustiar com as aparentes injustiças do mundo. 
Certamente convém agir para que elas sejam minoradas e o mal gradualmente se extinga. 
Contudo, tal pode se dar em regime de tranquilidade e confiança em Deus.
Afinal, se cada um é livre para fazer o que deseja, a lei cuida de todos.
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 19.1.2019.

Nenhum comentário:

Postar um comentário