Lemos, certa feita, no jornal, a notícia de que autoridade da área da saúde se posicionava contrariamente à proposta que autoriza a rede pública de saúde a realizar abortamentos, em casos de estupro.
Declarou a autoridade que era contra o abortamento devido à sua formação religiosa, moral e ética, e afirmou que a prática é um assassinato.
As considerações da nobre figura pública causaram a insatisfação dos defensores desse tipo de infanticídio cruel.
Os argumentos das pessoas favoráveis ao abortamento são baldos de bom-senso, uma vez que defendem o direito da mulher sobre o seu corpo, e se esquecem do direito que a criança tem sobre o seu corpinho, ainda em formação.
Defendem também o direito da mulher extirpar do ventre o bebê gerado pela violência do estupro.
Todavia, temos que considerar que o violentador seria, nesse caso, mais humano que a mãe, pois ele a violentou e a deixou viver, e ela, arrancando das entranhas a vida que ali ficou, seria assassina perante as Leis Divinas.
Ora, se todas as religiões e todas as filosofias elevadas defendem a vida e condenam o assassínio, não podemos crer que algumas pessoas inescrupulosas estejam com a razão.
É lamentável que as pessoas que defendem o infanticídio se intitulem religiosas, pois se esquecem do mandamento:
Não matarás, vigente no meio religioso desde os tempos de Moisés, o grande revelador da justiça.
Ademais, o fato de tornar legal um crime, não o torna moral, por mais que se tente.
Ao Estado cabe defender os cidadãos e não matá-los.
Mesmo que as pessoas não se digam religiosas, devem levar em conta a ética profissional.
E a ética prescreve que o médico, que jura salvar vidas, não tem o direito de matar, de manchar as mãos com o sangue de seres indefesos.
Se assim age não é digno de confiança, pois se é capaz de trucidar uma criança no ventre da mãe, também pode fazê-lo com outro paciente qualquer.
Os benfeitores da Humanidade responderam a Kardec, em O livro dos Espíritos, que o único abortamento que não é considerado ilegal perante as Leis Divinas, é o terapêutico, prescrito por médicos, no caso em que se tem que optar entre a vida da mãe e a do bebê.
Nesse caso, é preferível que se sacrifique uma existência que está apenas começando, a sacrificar a mãe que no momento poderá ser mais útil, inclusive se já tiver outros filhos para criar.
Quanto ao Espírito que foi impedido de renascer, poderá voltar mais tarde através da mesma mãe, se for da vontade de Deus.
* * *
O abortamento provoca dores profundas no Espírito reencarnante.
Um médico que já havia realizado inúmeros abortamentos resolveu filmar o comportamento do feto no momento do processo abortivo e percebeu que, no instante em que o catéter tentou alcançar o corpinho em formação, a boca do bebê se abriu num grito silencioso que comoveu o próprio médico e o fez mudar seu comportamento.
De abortista passou a lutar contra o abortamento, exibindo o filme que intitulou O grito silencioso.
Redação do Momento Espírita.
Em 20.03.2008.
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