sexta-feira, 6 de junho de 2025

MESTRA NATUREZA

CHICO XAVIER E EMMANUEL
Vivemos em uma escola admirável. 
A mestra natureza é notável, em tudo o que ensina. 
É, em si mesma, um laboratório de exemplos para que possamos aprender todo o significado de nossas vidas enquanto aqui estamos. 
No reino animal, as abelhas e formigas nos exemplificam o trabalho, a disciplina, a organização. 
No reino vegetal, aprendemos que para termos uma árvore, basta abrirmos uma cova no chão e plantarmos a semente.
Passado o tempo apropriado, a natureza nos devolve aquela semente transformada em planta, demonstrando como a terra é uma constante servidora. 
O mesmo vento que desmancha nossos cabelos é o que leva o pólen das flores, colaborando na fecundação, ofertando-nos, depois, os frutos. 
Os rios e o mar têm um encontro determinado. 
E as águas evaporam, formam nuvens fecundantes, se oferecendo em chuva benéfica, que rega campos e pradarias.
Movimentos feitos de doação, de serviço, de entrega. 
A mestra continua sem descanso a nos mostrar como é gratificante servir. 
Respiramos profundamente, e o ar abençoado nos enche os pulmões e nos confere uma brisa de felicidade, porque nos sentimos abençoados pela vida. 
Olhamos para a lua e as estrelas, nos maravilhando com suas belezas a encher nossos olhos com seus brilhos, sua luz.
Aguçamos os ouvidos e escutamos o silêncio que arrasta nossos pensamentos, parecendo-nos uma doce canção. 
Ou ouvimos o murmúrio do vento, doce, como se desejasse nos contar segredos. 
Ou o cantar das cachoeiras, que se esmeram, a cada dia, com seus véus finos ou espessos, despencando com seus ruídos característicos. 
E tudo serve. 
Todos os dias. 
Todas as horas. 
* * * 
A natureza nos ensina que nas lutas da vida o ato de servir é o preço da caminhada libertadora e edificante. 
E ela nos faz um convite para que a imitemos. 
Podemos nos acomodar, esperando ser servidos, ou aprendemos a servir, nos felicitando. 
Ao nos colocarmos na posição de servidores, desenvolvemos nossas potencialidades e crescemos na direção da luz, assegurando nosso progresso. 
A criatura que serve pelo prazer de ser útil, progride sempre, e encontra mil recursos dentro de si mesma, na solução de todos os problemas. 
Na imobilidade, nos cristalizamos, deixamos de participar da orquestra da vida. 
Movimentando-nos, no sentido de sermos úteis, nos desenvolvemos, aprendemos lições valiosas que nos abrirão novos caminhos. 
É servindo que nos sentiremos completos, porque há mais felicidade em servir do que em ser servido. 
O Mestre dos mestres, na derradeira ceia com Seus Apóstolos, demonstrou que Ele, o Rei Solar, estava entre os homens para servir. 
Naquela noite, levantou-se Jesus, tirou Seu manto, pegou uma toalha e a amarrou na cintura. 
Derramou água numa bacia e se pôs a lavar os pés dos Apóstolos. 
E sábio foi seu discurso:
-Dizei-me: quem é o maior. O que está reclinado à mesa ou o que serve? Porventura, não é o que está reclinado à mesa? Contudo, entre vós, eu sou como aquele que serve. 
A natureza ensina. 
Também nosso Mestre e Senhor. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 82, do livro Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB; no Evangelho de Lucas, cap. 22, vers. 27 e no Evangelho de João, cap. 13, vers. 4 e 5. 
Em 30.04.2022.

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