Quando na grande estação.
Um tanto mais de bom senso
Senso melhor para ser bom.
Um juiz menos intenso
Mais sol, sim, no coração.
Vida um bocado mais simples
Sem apego ao que não se leva.
Juízo depois dos vinte
Pernas após cada queda.
Prometemos tantas coisas
Ainda antes de voltar.
Faríamos diferente
Amando, amando toda gente
Sem medo de errar
* * *
Planejamos, sim, cada nova encarnação.
Aqueles que têm alguma cota de lucidez, tomamos parte ativa nesse planejamento.
Fazemos, como Espíritos, uma análise complexa, profunda. Um estudo das nossas necessidades.
Levamos em conta a lei de causa e efeito, a cobertura, os méritos e os méritos.
Existem Espíritos generosos, nossos anjos de guarda, responsáveis por nos orientar nas escolhas.
Em que família irá nascer?
Qual o momento mais adequado?
Como será o novo corpo?
Alguma característica marcante, mais necessária?
Se nos deixarmos à vontade, sem orientação, solicitaríamos a beleza e a perfeição do corpo físico.
Mas essa será a melhor opção para quem precisa aprender neste momento da vida?
É preciso considerar ainda que temos as condições de moldar um corpo perfeito, sem qualquer mazela, sem restrições ou danos.
Aprendemos que não basta querer.
Somos o reflexo do nosso ontem. Se tratarmos nosso corpo anterior como um escravo de nossos desejos, se o exaurirmos sem dó, deixando de lado os cuidados com a saúde, poderemos portar algumas dificuldades.
É possível que possamos renascer em um lar rico, berço de ouro.
Mas será essa a opção que vai nos fazer crescer?
Ou isso apenas faria com que perdêssemos num mar de gozos e interesses materiais?
É por isso que precisamos ser avaliados nesse planejamento delicado.
Quando não temos plenas condições de escolher o que nos é melhor, deixamos para quem sabe mais, para quem nos conhece melhor que nós mesmos.
Cada nova encarnação é uma oportunidade ímpar.
Não pode ser desperdiçado ou desprezado em algum momento.
De um modo geral, não temos ideia de quantos trabalharemos para que aqui estivéssemos, quantos continuaremos trabalhando para nos manter no programa planejado.
São nossos amores do passado, benfeitores designados por Deus, amigos que conquistamos em alguma fase de nossas vidas.
Recorramos, sempre que possível, pelas vias da oração, aos amigos espirituais.
Eles nos lembrarão, em forma de intuição, aquilo que planejamos juntos, aquilo que prometemos, as metas que devem ser cumpridas.
Não podemos voltar do jeito que vemos.
Temos que retornar maiores, mais lúcidos, com mais amor no coração.
Não nos preocupemos tanto em desenvolver a inteligência.
O mundo ainda exalta os mais inteligentes.
Ocupamo-nos da moral, das virtudes, da caridade, que é a maior de todas elas.
Agradeçamos, diariamente, uma alegria de viver, uma alegria de existir, e a dedicação de todos esses que corroboram para que construamos em nós o verdadeiro homem de bem.
Aproveitemos intensamente esta vida.
Redação do Momento Espírita, com base
no Ainda poema antes de voltar,
de Andrey Cechelero.
Em 26.06.2025
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