sábado, 7 de junho de 2025

OPORTUNA ENTREVISTA

EMMANUEL E CHICO XAVIER
Conta-se que, certo dia, uma jovem procurou uma dessas pessoas que estudam e preconizam o amanhã e desabafou:
-Tenho sofrido demais. Parece que a má sorte não me perde de vista! Tudo tem dado errado em minha vida até agora. 
Com lágrimas nos olhos, finalizou com a pergunta: 
-O que o senhor me aconselha para ser feliz? 
O interpelado indicou o fulgor do sol nas árvores próximas e respondeu, otimista: 
-A felicidade mora com o trabalho. Procure servir e conseguirá encontrá-la facilmente... Lembre-se de que estamos à frente de um dia novo, um dia absolutamente sem igual. 
A moça pareceu entender a orientação, entretanto, voltou a indagar: 
-Mas o senhor acredita que serei feliz ainda nesta vida? 
O experiente amigo sorriu e considerou: 
-Filha, isso não sei. Posso dizer-lhe, no entanto, que a vida do Espírito, e somos todos Espíritos, é uma grande viagem, cujos episódios dependem de nós. Não me consta que estejamos na vizinhança do porto. 
A jovem saiu pensativa... 
* * * 
É natural que queiramos ser felizes o quanto antes. 
Está em nós esse desejo íntimo de buscar a felicidade. 
Como somos imediatistas, simplistas, para tudo, tratamos essa grande conquista do Espírito da mesma forma. 
Por isso nos encantamos com fórmulas, segredos, métodos rápidos disso ou daquilo. 
Queremos conquistar as coisas com pouco trabalho, com pouco esforço. 
Porém, nada que é grande para a alma se conquista dessa maneira. 
Vale lembrar a primeira advertência do sábio: 
-A felicidade mora com o trabalho, mora em nossa possibilidade de servir. 
Que isto fique claro de uma vez por todas: felicidade é servir e não ser servido! 
A felicidade é construída, conquistada, no processo de nos doarmos em amor ao próximo. 
E nos doarmos em amor a nós mesmos. 
Quanto mais nos doamos, mais temos. Trabalho. Ocupação útil que promove o bem para todos, que faz crescer a sociedade, que produz o bem-estar social e que nos faz utilizar o tempo para o bem comum. 
Ser peça útil, importante, para o desenvolvimento da coletividade, aprender a conviver, a partilhar, a suportar o diferente e respeitar quem quer que seja. 
O trabalho nos enriquece de todas as formas possíveis. 
Ele pode não estar nos satisfazendo a vocação diretamente, pode não ser o trabalho dos nossos sonhos, mas está nos promovendo de muitas formas. 
Eis aí o seu valor. 
Para aqueles de nós que desejamos que tudo se resolva de imediato, para aqueles que nos decepcionamos quando as coisas não saem do jeito que queríamos, para os que não temos a tal vida perfeita, um alerta: 
A atual encarnação é apenas um estágio de um processo muito maior. 
Já passamos por vários deles e muitos ainda estão por vir. 
A construção da felicidade plena está acontecendo nesta jornada toda. 
Um pouquinho de cada vez. 
Tenhamos paciência. 
Sejamos hoje um pouco mais felizes do que fomos ontem, ergamos mais uma parede na fortaleza de nossa felicidade, com muito trabalho, com muito amor. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 14, do livro Joia, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. CEU. 
Em 06.06.2025

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