Trata-se de um poema, o Maabárata, escrito em sânscrito.
É considerado o maior poema de todos os tempos, com cerca de duzentos mil versos.
Acredita-se que eles começaram a ser escritos cerca de quatrocentos anos antes de Cristo e foram finalizados no século dois da Era Cristã.
A mais famosa passagem dessa obra é o conhecido Bhagavad Gita, lido como uma obra religiosa à parte.
Interessante percebermos que a moral ensinada nesses versos é semelhante à moral cristã, ensinada pelo Mestre Jesus.
Isso nos diz que certas verdades são universais.
Versa o poema que os males com que afligimos o próximo nos perseguem, assim como a sombra segue o corpo.
As obras inspiradas pelo amor aos nossos semelhantes são as que mais pesarão na balança celeste.
-Se convives com os bons, afirma, teus exemplos serão inúteis. Não receeis habitar entre os maus para os reconduzir ao bem.
O homem virtuoso é semelhante a uma árvore gigantesca, cuja sombra benéfica permite frescura e vida às plantas que a cercam.
Que bela forma de abordar a lei de causa e efeito, que bela maneira de demonstrar que as leis de Deus estão gravadas em nossa consciência.
Os males que praticamos nos perseguem.
São trevas que criamos para nós mesmos.
É a consciência que nos cobra solução, que nos pede ajuste, arrependimento e reparação com as leis maiores.
Enquanto não houver mudança, permanecem as trevas.
Também fala aquilo que mais nos destaca no tempo e no espaço: as nossas obras inspiradas pelo amor.
Essa balança celeste também está em nossa consciência.
Igualmente nas consequências naturais de quem abre novos caminhos sendo bom.
São novos mundos, novas convivências, acesso a novas experiências e conhecimentos.
E tudo acontece de forma muito natural.
Os versos também destacam que a convivência apenas com aqueles que pensam como nós nada nos acrescenta.
Precisamos estar entre aqueles que mais necessitam.
Aí reside o verdadeiro mérito do trabalhador do bem, aquele que vem para servir.
É com isso que crescemos, adquirimos experiência e depuramos a nossa alma.
Por fim, apresenta uma belíssima metáfora:
O homem virtuoso é semelhante a uma árvore gigantesca, cuja sombra benéfica permite frescura e vida às plantas que a cercam.
É de nos questionarmos: qual o tamanho da nossa sombra benéfica aos que estão ao nosso redor?
Quanto de frescura e vida conseguimos propiciar para aqueles que nos cercam?
Alguma vez pensamos a respeito disso, sobre o tamanho da nossa árvore?
Sobre o quão importantes podemos ser para aqueles que convivem conosco?
Começamos como árvore pequenina, que precisa da proteção de outras maiores.
Conforme o tempo vai passando, podemos aumentar nossas condições e abrigar muitas criaturas necessitadas.
Árvores frondosas podem guardar pequenas florestas debaixo de seus galhos seguros.
Pensemos, então: que tipo de árvore já conseguimos ser?
Redação do Momento Espírita com base no cap. I,
pt. I, do livro Depois da morte, de Léon Denis,
ed. FEB e citação do Mahabharata,
tradução de H. Fauche.
Em 11.06.2025
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