sábado, 2 de novembro de 2024

A MORTE CHEGA PARA TODOS

ALBERT EINSTEIN

MAJA EINSTEIN(irmã)
Você já percebeu que, sempre que o noticiário nos mostra as tragédias do mundo, acreditamos que nada semelhante jamais nos atingirá? 
Já se deu conta de que, normalmente, partilhamos a ideia de que o mal somente chegará à casa do vizinho? 
Com esses conceitos, vivemos despreocupados. 
Nem sempre utilizamos a prudência que nos seria devida para nos furtarmos de certos acontecimentos inconvenientes.
Quando a morte ronda os lares, continuamos a acreditar que o nosso está protegido dessa megera terrível. 
Por isso, quando ela chega, é sempre uma surpresa para nós.
Mas, ninguém foge à morte. 
E seria importante que, a respeito dela, meditássemos um pouco a cada dia. 
Recordamos que, depois do término da Segunda Guerra Mundial, morreu a amada irmã de Albert Einstein. 
Ele havia estado com ela, dias antes de sua morte. 
Ambos estavam abatidos e doentes. 
Albert tinha recebido o diagnóstico de um aneurisma abdominal da aorta. 
Tivera uma crise e, com fortes dores abdominais, ficara internado no hospital para longo tratamento. 
Brincando, ele havia dito à irmã: 
-Creio que enfrentarei a grande jornada para o espaço, antes de você, querida Maja. Por isso, estou aqui para as despedidas. 
E Maja respondeu: 
-Não, meu querido irmão, partirei antes. Em sonho recente, vi nossos pais. Entendi, por sinais feitos pelas mãos de nossa mãe, que a partida seria logo. 
Albert a abraçara, falando ao seu ouvido: 
-Seja como for, sinto que em breve nos encontraremos.
Recebendo, agora, a notícia da morte da irmã, olha o Infinito e fala baixinho: 
-Que Deus a abençoe! Como disse a você, em breve nos encontraremos. 
Nem raiva, nem desespero. 
Atitude de quem tinha a certeza da Imortalidade. 
Continuou a trabalhar. 
Mesmo com suas dores, ele não se deixava vencer. 
Recebia amigos, viajava, proferindo palestras sobre suas teorias e respondia a todas as perguntas que os jornalistas lhe faziam. 
Com o rompimento do aneurisma abdominal, agrava-se seu quadro anêmico.
Em 18 de abril de 1955, a uma hora e quinze minutos da madrugada, Albert Einstein morre, em Princeton, Nova Jersey.
Ele providenciara seu testamento, legando seus inventos e documentos científicos, já provados ou não, à Universidade de Jerusalém. 
Sabia que a morte o rondava. 
Preparou-se para recebê-la, mantendo-se ativo e sereno. 
Ele tinha a certeza da Imortalidade. 
* * * 
Conforme seu pedido, o corpo de Albert Einstein foi cremado e suas cinzas espalhadas em local ignorado. 
Ele doou seu cérebro a Thomas Harvey, patologista do Hospital Princeton. 
Esse fato causou profundo abalo no meio dos físicos e intelectuais filosóficos. 
Mas era preciso respeitar o desejo do maior conhecedor em cálculos matemáticos e das teorias sobre Física. 
Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Albert Einstein. Disponível no livro Momento Espírita, v. 8, ed. FEP. 
Em 9.1.2014.

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