Ele representa as extensas possibilidades na concretização de realizações.
Lembramos de nossas mãos, tão preciosas, como dizia a poetisa Cora Coralina:
-Olha para estas mãos de mulher roceira, esforçadas mãos cavouqueiras.
Mãos que varreram e cozinharam.
Lavaram e estenderam roupas nos varais.
Pouparam e remendaram.
Mãos domésticas e remendonas.
Minhas mãos doceiras, jamais ociosas.
Fecundas. Imensas e ocupadas.
Mãos laboriosas.
Abertas sempre para dar, ajudar, unir e abençoar.
Mãos feridas na remoção de pedras e tropeços, quebrando as arestas da vida.
Mãos alavancas, na escava de construções inconclusas.
* * *
Admiremos as mãos do músico que toca lindas e harmoniosas melodias que encantam uma plateia inteira.
Olhemos para as mãos do professor que ensina a ler e escrever e que ilumina a alma de seus alunos.
Pensemos nas mãos do cirurgião que, com precisão e delicadeza, restaura a saúde do corpo de seus pacientes.
Admiremos as mãos amorosas das mães que acariciam seus filhos e os conduzem para o caminho do bem.
Reflitamos sobre as mãos do agricultor que planta a semente, que se transformará no alimento para tantas pessoas.
Meditemos sobre as mãos esforçadas do operário que levanta edifícios, que constrói nossas casas.
Analisemos as mãos afetuosas da cozinheira que prepara o alimento que nos dará a nutrição ao corpo.
Apreciemos as mãos unidas das crianças brincando em roda, mãos que formam laços, que dão abraços e que criam espaços de amor.
Oportuno nos perguntarmos como temos utilizado nossas mãos.
Temos aproveitado todo seu potencial?
Com nossas mãos podemos plantar uma única semente que se transformará em uma formosa flor.
Ou podemos plantar inúmeras sementes que se transformarão em um extenso e belo jardim.
Podemos escrever um singelo bilhete demonstrando nossa gratidão a alguém de quem muito tenhamos recebido.
Também podemos escrever incontáveis linhas para emocionar vários corações e iluminar mentes.
Com nossas mãos podemos entregar um alimento para aquele que passa fome.
Ou as podemos utilizar em multiplicadas ações de solidariedade, espalhando cotas de bênçãos a muitos necessitados.
Podemos, simplesmente, estender nossa mão amiga a quem nos pede ou que nossa vigilância descobre.
Uma mão amiga!
Socorro preciso em momento de desânimo.
Utilizemos nossas mãos para espalhar amizade, alegria, esperança, amor...
Pensemos em todas as possibilidades que nos permitem nossas mãos.
Aproveitemos todas.
Somente haveremos de aprender, valorizar, reformar e engrandecer a vida.
Santifiquemos nossas mãos no trabalho digno, na expressão de ternura, na dádiva ao mundo.
E fiquemos com elas estendidas, um tanto mais porque as generosas bênçãos celestes as haverão de encher com raios de luz.
Porque esta é a lei da vida: quem mais dá, mais recebe. Quem mais oferece, mais se repleta de dádivas.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
12, do livro Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e
versos do poema Estas Mãos, de Cora Coralina, do livro
Meu livro de cordel, ed. Global.
Em 26.2.2021.
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