Friedrich August Hayek |
Seu rosto enrugado, seu sorriso espontâneo, as marcas profundas que o tempo esculpiu, falam de serenidade.
O cabelo ralo e branco como a neve são adorno de um semblante suave como a brisa das manhãs primaveris.
Quantas marcas de expressão feitas pelo tempo!
Ele nasceu no ano de 1899 e faleceu aos 92 anos de idade.
Doutor em direito, doutor em Ciências Políticas, foi professor em diversas universidades européias e recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1974.
Mas não é dos seus títulos acadêmicos que quero falar.
Desejo falar das suas marcas de expressão.
Nunca o conheci pessoalmente.
Jamais o vi na televisão, mas a foto num de seus livros tem algo que cativa.
Nunca havia me dado conta de que um rosto tão enrugado pode ser tão belo ao mesmo tempo!
Trata-se de uma suavidade serena ou de uma serenidade suave...
Ou simplesmente um olhar de ternura.
Isso num homem quase secular...
É uma beleza especial, que resiste ao tempo.
Uma beleza que transcende o físico.
Olhando aquele rosto imaginamos que se a sabedoria pudesse ser vista, talvez tivesse essa expressão.
Um olhar despreocupado, um sorriso de satisfação, um certo ar de inocência...
Que importam as marcas de expressão esculpidas na pele, se muito mais profundas são as marcas da expressão do saber, conquistado pelo espírito imortal?
Hoje as pessoas estão muito preocupadas com a aparência física, com a beleza efêmera que não resiste a um bom banho.
Quando a primeira marca de expressão surge, é como se a pessoa estivesse recebendo sua sentença de morte.
Esquecem que a verdadeira beleza é aquela que se mostra apesar das rugas, da calvície, das manchas na pele.
São as marcas deixadas pelas nobres experiências vividas.
Quando a alma é bela, sua beleza se irradia através do olhar.
Um olhar que pode ser mais que um abraço afetuoso, um incentivo, um carinho para a alma.
São as marcas da lucidez, da bondade, da ternura, da amizade, da honestidade, da compaixão...
E você, já percebeu quais são as expressões que estão marcando seu semblante?
Pense nisso!
As suas expressões marcam...
Os sorrisos deixam marcas...
A tristeza marca também...
Preocupações marcam...
São as marcas de expressão esculpidas no rosto.
Mas há outras marcas que são como tênue luz a brilhar por trás do olhar...
Observe-se!
E que as suas marcas possam ser as do sorriso constante, da concentração em coisas nobres, da contemplação das coisas belas...
Porque o que realmente importa é a expressão da luz que pode adornar seu rosto, apesar das rugas...
Somente essas expressões conseguem esculpir a alma.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, inspirado na foto de Friedrich A. Hayek, do livro O Caminho da Servidão, Instituto Liberal.
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