domingo, 24 de novembro de 2024

QUANTOS DESAFIOS

JOANNA DE ÂNGELIS
E
DIVALDO PEREIRA FRANCO
Quantos desafios a vida nos apresentou no dia de hoje?
Desde o momento do despertar até agora. 
Para alguns o sair da cama diariamente é um grande desafio.
Não falamos daqueles que temos a conhecida preguiça da manhã, mas dos que sofrem distúrbios psicológicos como depressão, pânico ou alguma de suas vertentes. 
O desafio seguinte é o da convivência diária, de resolver as primeiras questões, lidar com os humores nem sempre previsíveis desta ou daquela pessoa e mesmo o nosso. 
Lidar com horários, compromissos, pessoas estranhas, trânsito, má educação. 
E seguem os desafios se sucedendo... 
Alguns, mal acordamos e já precisamos cuidar de alguém doente. 
E outros nem dormimos bem à noite, velando o sono de outra pessoa. 
A vida é feita de desafios. 
Já percebemos isso?
A alma sábia, ao invés de perguntar: 
-Meu Deus, por quê? 
Questiona: 
-Meu Deus, para quê? 
O primeiro questionamento usualmente é o da revolta, da falta de fé daqueles que nos acreditamos vítima dos acontecimentos da existência. 
O segundo questionamento, alterando a devida entonação, é o do Espírito resignado, que quer entender os objetivos de tudo que se passa consigo, para aprender. 
Resignação e aceitação não são posturas passivas. 
São posturas inteligentes e ativas. 
Buscamos entender o que nos acontece, relacionamos isso com as nossas necessidades, dando o devido peso a cada acontecimento, a cada fato e dali retiramos a lição preciosa. 
O imperador romano Marco Aurélio, grande filósofo estoico, afirmou: 
-Tudo aquilo que nos incomoda é ensinamento. Os desafios da vida são provas, são lições, e precisam ser tratados dessa maneira. 
Quase sempre os consideramos fardos, estorvos, que precisamos eliminar o quanto antes para voltar ao nosso estado de conforto ou felicidade. 
Se fizermos isso e a lição não for aprendida, é como entregar uma prova em branco na escola. 
Ou faltar no dia da avaliação. 
Somente através dos desafios é que as experiências se apresentam valiosas, significativas, porque cada um deles se transforma em impedimento que foi transposto, vencido, dando-nos direito a uma real conquista. 
Pode parecer estranho, mas ninguém deve aspirar por tranquilidade antes de conseguir os valores que a proporcionem, sendo natural que as dificuldades caminhem lado a lado com as conquistas evolutivas. 
Toda marcha, por si mesma, impõe esforço, obediência ao programa, paciência para vencer os trechos a percorrer.
Naquela que diz respeito à conquista dos tributos espirituais, mais complexos e variados são os testes que vamos encontrar à frente. 
Por isso, não maldigamos os desafios, nem fujamos deles antes da hora. 
São eles que estão nos tornando maiores. 
São eles que estão robustecendo nossa força moral. 
A árvore que se nega à tempestade não enrijece o tronco, da mesma forma que os metais que se recusam às altas temperaturas, na umidade são devorados pela ferrugem e a oxidação. 
Que venham os desafios. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6, do livro Vitória sobre a depressão, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 22.11.2024

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