sexta-feira, 8 de setembro de 2023

LEMBRANÇAS DE UM NASCIMENTO

O relógio da eternidade mal iniciara a movimentar-se, marcando o tempo do novo planeta. 
Era um local primitivo. 
Parecia um imenso laboratório de experiências, em que se apresentavam plantas e animais. 
Nesse imenso jardim de delícias e de surpresas, onde quase tudo ainda estava por ser descoberto pelo habitante mais ilustre, o ser humano, os ventos varriam a atmosfera, como num pré-ensaio de sinfonia. 
Nas proximidades da crosta terrestre, o Governador Planetário recebeu milhares de almas, que deveriam encarnar e reencarnar, através dos tempos. 
Vinham no intuito de aprimorarem suas próprias deficiências morais, quanto auxiliar no progresso do planeta que se ensaiava para um destino maior. 
Alguns se mostravam entristecidos, preocupados outros, ante o que lhes caberia realizar, nesse novo lar. 
Então, Jesus, o Suave Pastor, lhes falou do amor e da justiça do Pai, que a nenhum dos Seus filhos abandona. 
Acenou-lhes com o trabalho imenso que teriam, exatamente como imigrantes em uma terra nova e inculta. 
Disse-lhes dos méritos e dos louros que lhes seriam concedidos. 
No entanto, mais do que tudo, confortou-lhes as almas, afirmando que um dia viria estar com eles. 
Por isso, na História das civilizações mais antigas são encontradas profecias, lendas, augúrios que falam de um Rei, que abandonaria as estrelas, e habitaria entre os homens.
Apontam um Ser especial, luminoso, que viria de um lugar distante, para amá-los. 
O povo de Israel falou de um Messias, cantado e apontado pelos antigos profetas em versículos recheados de esperança. 
Passados os séculos, Ele veio. Anunciado por uma estrela, atraiu a atenção dos estudiosos magos que viviam em várias partes do Oriente. 
Eles, que compulsavam os mapas zodiacais, que se esmeravam no entendimento das anotações de antepassados, aguardavam. 
Quando viram a estrela, prepararam as caravanas e convergiram para o local. 
Encontraram um menino, uma mãe, um pai. 
Levaram-lhe presentes e, como diz o Evangelho de Mateus, entraram na casa e O adoraram. 
O Rei dos reis, nosso Senhor Jesus Cristo teve a anunciá-lO muitos Espíritos que se juntaram, formaram aquele brilho extraordinário, semelhante a um astro estelar, somente perceptível para os que tivessem olhos de ver. 
Nos campos de Belém, pastores foram visitados por um mensageiro que lhes disse vir trazer uma notícia de grande alegria. 
O Rei solar viera estar com os Seus. 
Tomara um corpo de carne e, pequenino, envolto em panos, numa gruta, se encontrava protegido pela ternura de uma mulher e a fortaleza de um homem. 
Seus pais. 
Um coro celestial se fez ouvir. 
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens. 
O Pastor viera para as Suas ovelhas. 
A noite era especial. 
Nunca mais a Terra voltaria a ser habitada por Alguém tão grande, Seu próprio Governador. 
A noite de Belém, da estrela, dos pastores, do cântico celeste se reprisa a cada ano. 
É Natal. 
Abramos os olhos e os ouvidos. 
Permitamo-nos ver a estrela do amor, ouvir o canto da esperança. 
Rememoremos o Excelso Evento. 
Oremos. 
Amemos. 
Redação do Momento Espírita, com citação do cap. 2, versículo 11 do Evangelho de Mateus. 
Em 25.12.2019.

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