E vêm das mais diversas bandas.
Sabemos que Espíritos do bem nos acompanham.
Alguns os chamamos de anjos de guarda.
Outros, de invisíveis, de amigos espirituais.
Os artistas os chamam de musas.
Musas que inspiram canções, hinos, composições, que parecem quase divinas.
E foram lhes dando nomes: musa da eloquência, da criatividade e da história, da astronomia, da música, da dança, da poesia.
Os artistas, os estudiosos, os sábios a elas atribuem as suas inspirações.
Uma das mais belas canções dos nossos chorinhos é a valsa Rosa, do mestre Alfredo da Rocha Viana Filho-Mais conhecido por Pixinguinha.
É um primor na versão original, sem letra, conforme foi concebida lá pelos idos de 1917.
O título original também era outro: Evocação.
O inusitado fica por conta do que aconteceu, alguns anos depois.
Um mecânico, de nome Otávio de Souza, encontrou Pixinguinha e lhe disse que tinha um poema que se encaixava perfeitamente naquela valsa.
O músico, ao contrário de alguns que nos cremos os melhores em nossa profissão ou em nossa arte, tomou dos versos e os leu.
Ficou maravilhado.
A partir daí, a valsa mereceu gravações com a letra, tornando-se uma verdadeira joia da música.
Os versos descrevem uma mulher, bela de corpo e alma.
Esculturada por Deus, uma linda flor no jardim da vida, preferida pelo beija-flor.
Apresentam uma poesia tal que não há quem não deseje ouvir e ouvir novamente, o que parece, sim, ter brotado dos céus.
O primeiro amor, sublime amor, soberana flor da Criação de Deus.
Em poucas letras, uma declaração de amor e um louvor ao Excelso Criador.
O poema fala de estrelas, de realeza, o que há de mais belo em todo resplendor da santa natureza.
O interessante é que Otávio de Souza nunca mais escreveu nada.
Ao menos que se saiba.
Foi sua única e extraordinária composição.
E nos perguntamos como ele terá idealizado versos tão belos que, ao mesmo tempo, falam de um amor não correspondido, mas sempre existente.
Inspiração.
Eis aí um presente que a Divindade oferece a todos nós.
Alguns a recebemos para questões da ciência.
Como o famoso químico alemão Kekulé.
Em um discurso, em Berlim, ao comemorar os vinte cinco anos do anúncio da sua teoria do benzeno, revelou que suas teorias estruturais lhe foram reveladas em um sonho.
Ele vira uma cobra que tinha agarrado a própria cauda e a forma que fazia rodopiava diante dos seus olhos.
Acordando, ele passou o restante da noite a raciocinar sobre o que vira.
Inspirado, então, chegou à fórmula do benzeno.
Alguns de nós, simplesmente, temos ideias que nos parecem surgidas do nada.
Mas que nos direcionam, por vezes, para importantes tomadas de decisões.
Importante que mantenhamos abertos os ouvidos da alma a fim de escutarmos os sussurros de quem nos assiste e inspira, em nome de Deus.
Talvez não sejamos produtores de belezas extraordinárias, que encantam o mundo.
Nem de teorias que venham a modificar a ciência.
Porém, com certeza, poderemos atender a sugestões generosas para bem conduzirmos as nossas vidas.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 11.9.2023.
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