Aproximava-se a festa dos ázimos, ou seja, a Páscoa.
A hora era de intranquilidade.
Os sacerdotes arquitetavam o melhor plano para prender o Nazareno.
Desejavam tê-lO em suas mãos, julgá-lO e fazer com que desaparecesse.
A Sua presença punha em risco toda a hierarquia sacerdotal.
Eles sentiam que, dia a dia, perdiam seu status.
O povo seguia aquele Mestre que nada pedia senão que amassem a Deus e ao seu próximo.
Não exigia dinheiro para ser ouvido, seguido ou oferecer as Suas bênçãos.
Jesus, o Mestre, de tudo estava ciente.
Não somente por conhecer as escrituras, o que haviam falado os profetas a respeito do Messias.
Mas, sobretudo, por estar plenamente cônscio do preço que deveria pagar, nas mãos de homens que não desejavam a Sua mensagem.
Então, Ele pediu a Pedro e João que entrassem na cidade de Jerusalém e preparassem o lugar para a celebração da Páscoa.
Quando Ele se encontra no aposento, junto aos doze, afirma:
-Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco.
São palavras que expressam um grande desejo.
Era a última Páscoa em que estaria com eles.
O Cordeiro sabe que logo mais haveria de ser sacrificado.
Sua doação derradeira é estar com os Seus.
Todos sabemos como aquela noite se fez de importância, pelas recomendações apontadas, por todas as revelações apresentadas.
Uma noite inesquecível para aqueles corações.
* * *
O calendário terreno nos anuncia que o Natal se aproxima.
A data em que nós, os humanos, elegemos, para recordar a vinda do Rei.
O Rei Solar, o Governador Planetário, nosso Mestre e Senhor.
A pessoa mais ilustre que esta Terra já abrigou, em suas estradas.
Muito importante que imitemos o Nazareno, parafraseando a Sua expressão daquele dia:
-Desejo ardentemente comemorar este Natal convosco.
Que possamos dizer aos nossos familiares, nossos amigos, aos que passam pela nossa vida.
E nos preparemos para a data, desde agora.
Preparemos a sala do nosso coração, para recepcionar os que amamos e lhes oferecer nosso abraço, no natalício do Mestre.
Preparemo-nos para a data, colocando flores nos vasos do nosso carinho e envolvendo com laços de ternura os pacotes que iremos oferecer.
Pacotes pequenos, minúsculos, grandes, valiosos todos porque trabalhados pela nossa afeição.
Preparemos a mesa com o que possamos ofertar, em nome do amor.
E que a nossa noite seja, como aquela longínqua Páscoa, recheada de preces, de hinos, de pão repartido.
A data se aproxima.
Apressemo-nos e desejemos ardentemente estar com quem amamos.
Recordemos: na oferta do pão à mesa da confraternização, quem sabe possamos ter um gesto de perdão a quem nos feriu e o possamos incluir à mesa.
Quem sabe instalemos uma mesa em casa alheia, oferecendo um banquete.
Um banquete de luz que ofereça pratos de desculpas, doces de perdão, frutas de ternura e paz.
Apressemo-nos.
O Natal se aproxima.
Desejemos ardentemente comemorá-lo com Ele, o Celeste Amigo.
Redação do Momento Espírita, com transcrição
do Evangelho de Lucas, cap. 22, versículo 15.
Em 17.12.2021.
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