terça-feira, 27 de dezembro de 2022

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

A liberdade de expressão é conquista recente na história da Humanidade. 
Não vão longe os tempos onde expressar o pensamento podia ter como consequência a condenação à morte. 
Déspotas, tiranos, assim como religiões, doutrinas, oprimiram e cercearam a livre expressão do pensamento. 
Hoje ainda insistem alguns a fomentar seus rincões de intolerância e de proibições. 
Porém, cada vez mais ganham espaço as conquistas da liberdade de refletir e de expor as ideias. 
Quando esse direito é respeitado por todos, temos a possibilidade de sermos coerentes entre pensar e falar, dando ao outro, da mesma forma, tal direito. 
Cabe a cada um de nós entender que pensamos de maneira diferente porque temos valores, conceitos e visão de mundo muito próprios. 
E, na medida que respeitamos o próximo, podemos rogar para nós esse mesmo respeito. 
Nesses termos, cabe-nos perguntar: 
-Qual seria a melhor religião para alguém? 
Certamente, a resposta não é única. 
Na diversidade de pensar e agir em que mergulha a Humanidade, poderíamos eleger uma religião como a melhor? 
Certamente, se nos fosse imposta uma religião com a qual não concordamos, que não aceitamos, não nos iríamos sentir confortáveis. 
Isso acontece com qualquer pessoa para a qual insistirmos em impor nossa crença. 
A melhor religião deve ser aquela que não nos torna hipócritas, que nos transforma em pessoas de bem, corretas, seres humanos melhores. 
Portanto, a respeito desse assunto cabe a cada um optar, a mais ninguém. 
Será somente nesse entendimento entre a criatura e Deus que se poderá escolher a melhor forma de chegar até Ele. 
Toda doutrina ou religião que conduza o homem ao bem, deve ser digna de respeito. 
Isso porque, quando se trata das coisas de Deus, o importante não é o caminho que tomamos, mas sim, a direção para a qual caminhamos.
E são muitos os entendimentos e as expressões que nos conduzem ao Pai. 
Nesses termos, infrutífera, quando não desrespeitosa, qualquer imposição de crença a outrem. 
Para alguns, Deus está na natureza. 
Para outros, a convivência está dentro do Seu templo. 
E tantos O cultivam na intimidade do coração. 
Uns O têm como Pai amoroso. 
Outros, talvez O percebam mais como um Pai severo. 
São estágios evolutivos. 
Alguns se atêm fervorosos às suas crenças religiosas. 
Outros preferem viver a seu modo a sua relação com Deus. 
Para o Criador do Universo, o importante não é o que sai da boca, dos gestos, ou onde isso é feito. 
Para o Pai Maior, o grande significado está naquilo que se passa no coração. 
Dessa forma, há que respeitar-se toda e qualquer crença, quando nos conduz e nos faz bem. 
Afinal, Deus, acima disso tudo, entende que nós, Seus filhos, ainda estamos tateando, dando os primeiros passos, na busca de entender a Sua grandiosidade e bondade. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 6.6.2015.

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