segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

A PAZ QUE TRAGO EM MEU PEITO

A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia... 
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção. 
Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé... 
Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou... 
Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida. 
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que veem e boca que diz palavras que constroem. 
Ter paz é ter um coração que ama... 
Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas águas se espreguiçam... 
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas. 
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer... 
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer... 
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências... 
A paz que hoje trago em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos... 
É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo. 
É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra. 
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela. 
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança nAquele que criou e governa o Mundo... 
A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das Leis soberanas da Vida, o que a elas tiver oferecido. 
* * * 
Às vezes, para manter a paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio. 
Lembra-te de usar o silêncio quando ouves palavras infelizes.
Quando alguém está irritado. 
Quando a maledicência te procura. 
Quando a ofensa te golpeia. 
Quando alguém se encoleriza. 
Quando a crítica te fere. 
Quando escutas uma calúnia. 
Quando a ignorância te acusa. 
Quando o orgulho te humilha. 
Quando a vaidade te provoca.
O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.
Redação do Momento Espírita, com frases finais, de texto de autoria ignorada. Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8/9 e no livro Momento Espírita, v. 5, ed. FEP. 
Em 26.12.2022.

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