As conquistas do conhecimento nos fizeram chegar até o instante em que se percebe, claramente, que inteligência sem moralidade produz apenas o caos.
Das simplórias cavernas até as casas inteligentes de milhões de dólares; dos primeiros meios de transporte aquático usando canoas de madeira até os atuais trens de levitação magnética; desde os primeiros cálculos da astronomia até a visão potente do telescópio James Webb, tudo mudou.
Estamos muito mais avançados do que nossos ancestrais.
Gabamo-nos de ter explorado o planeta e seus recursos de forma tão eficaz.
No entanto, temos que nos perguntar:
-Será que tudo isso nos fez melhores? Será que tudo isso nos deu uma melhor compreensão do nobre, do justo e do bom, conforme a proposta de Platão?
Será que não nos perdemos, nos encantando com acessórios, deixando bastante de lado o que seria o principal?
A proposta cristã é muito clara:
-Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e Sua justiça e todas essas outras coisas vos serão acrescentadas.
Jesus propunha a busca da essência divina em todos nós, propunha a lei do amor como regente maior dos pensamentos, sentimentos e atos do homem.
Todas as outras coisas, que são menores, que dizem respeito à vida material, à sobrevivência do corpo, essas nos seriam acrescentadas.
Não estava propondo a inércia, nem negando o valor do trabalho, mas simplesmente estabelecendo hierarquia de valores.
E o que aconteceria se invertêssemos essa hierarquia?
Se deixássemos a busca do reino de Deus de lado ou para as horas vagas ou, ainda, para quando der?
Bem... Nem precisamos descrever quais as consequências, pois as vivemos nesse instante de emergência espiritual.
Estamos imersos em um sentimento de vazio existencial, de desamparo, de falta de objetivos que nos preencham a alma de verdade.
Não é tarde, porém, para mudar.
Muitos já encontraram essa via segura e estão se reconstruindo.
Agora é a nossa vez.
O que temos feito pela construção do reino de Deus em nós?
Quais as nossas primeiras iniciativas dentro da Lei Maior do Amor?
Temos a razão como instrumento calibrado, o conhecimento das eras como manual de instruções e o exemplo de Jesus como guia.
O que temos feito ou podemos fazer em nossos dias para educar as nossas emoções?
O que podemos fazer pelo bem comum em nossa família e em nossa sociedade?
Já conseguimos nos perceber como parte da cura de uma sociedade doente?
Ou ainda estamos entre os pacientes em atendimento?
Talvez estejamos nos dois lados.
Hora aqui, ora ali.
Muito natural, compreensível.
Importante é começar, importante é persistir.
É não perder o foco.
Perguntemo-nos, todas as manhãs:
O que podemos fazer de nobre, justo e bom, neste dia?
Nos versos de uma prece sincera e feita com regularidade, peçamos sempre ajuda: que possamos ser um instrumento da paz, da cordialidade, do entendimento ao nosso redor.
É assim que iremos atender a emergência espiritual e que sairemos todos vencedores.
Comecemos hoje.
Redação do Momento Espírita
Em 09.12.2022.
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