domingo, 2 de setembro de 2018

DO QUE PLANTARMOS, COLHEREMOS!

A tarde estava ensolarada e convidava ao lazer. No quintal, João se distraía observando os três netos a brincar com a bola. O maiorzinho a jogou na parede, e quando ela voltou em sua direção, gritou admirado:
-Olha, vovô, ela voltou para mim. 
O avô aproveitou para falar de um assunto muito importante. 
-Vejam, meus queridos, como as Leis de Deus estão presentes em tudo o que fazemos. Até mesmo quando brincamos, Deus nos faz perceber como elas funcionam. Ele nos dá a liberdade de jogar a bola na parede, mas a volta da bola é uma reação natural ao nosso ato. Deus fez tudo perfeito no Universo. E Jesus, que é o Seu Filho mais sábio, nos fala para semearmos amor para termos amor em nossas vidas. É como se plantássemos um pé de feijão. 
Os meninos, curiosos, se aproximaram. Aquilo estava ficando interessante. 
-Quando o pé de feijão frutificar, só poderá dar feijões, não é verdade? Assim também acontece em nossas vidas. Colheremos do que plantarmos. Sempre que plantarmos bondade, colheremos sorrisos; se plantarmos maldade, colheremos lágrimas. 
 * * * 
Toda ação gera uma reação característica que virá, logo ou mais tarde, como forma de colheita. Assim, somos livres para a semeadura, mas somos escravos na colheita. Para cada ação haverá uma reação correspondente e na mesma intensidade. A Lei de Ação e Reação baseia-se num perfeito mecanismo de justiça e de igualdade absoluta, para todos. Essas ações estão caracterizadas com o selo moral do estágio em que se situa a pessoa. São as imperfeições ou as qualidades da alma humana que geram suas ações felizes ou equivocadas. Não há qualquer favoritismo para quem quer que seja. Agindo bem, teremos o mérito do bem. Agindo mal, teremos as consequências do mal. Os prejuízos que causarmos a outrem trarão consequências inevitáveis para nós próprios. É a Lei Divina. Também os benefícios que espalharmos gerarão benefícios em nosso próprio caminho. Passamos a entender, portanto, que fazer o mal, a quem quer que seja nunca será compensador, pois sempre responderemos pelo mal que causarmos. Toda felicidade ou tranquilidade que proporcionarmos ao próximo redundará em bem para nós mesmos. O amor e o perdão são fortes alavancas para nosso crescimento espiritual. Por esse motivo é que Jesus nos ensinou a perdoar. O ódio, a vingança, a perseguição contumaz a qualquer pessoa resultarão em sofrimentos ao seu próprio autor. Somente o perdão liberta. Sabedoria manifestamos ao optar por promover o bem, pois a reação do bem só poderá ser o bem. O mal, por sua vez, trará consequências desagradáveis. Sofrimentos na vida individual, social e coletiva, poderiam ser evitados se todos observássemos a Lei de Causa e Efeito, que Jesus traduziu em admirável sentença: A cada um será dado segundo as suas próprias obras. 
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Ação e reação, de Orson Peter Carrara, publicado na revista Reformador, novembro de 2004, ed. FEB. Em 21.11.2015.

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