Ele era um homem ocupado. Executivo de um grande conglomerado de empresas.
Suas deliberações eram muito importantes para um número expressivo de pessoas que ali trabalhavam.
A agilidade e acerto de suas decisões redundavam em produtividade, gerando lucros.
Era admirado pelos seus superiores, havendo quem o considerasse indispensável.
Por isso, seus dias eram tomados pela profissão. Desde o despertar ao se recolher para dormir, nas madrugadas, ele só pensava na empresa.
Como alcançar melhores índices de produtividade, como gerar maiores lucros...
Durante as refeições, não relaxava. Seu cérebro estava sempre ativo. Sua mente ligada nas questões da empresa.
Sendo pai, é natural que não tivesse tempo para o filho.
Porque o filho insistisse, porque a esposa lhe falasse, ele decidiu tirar um dia de folga para levá-lo para pescar.
Foram somente os dois. O pai deixou a mesa repleta de serviços inacabados e foi com o menino para um lago isolado.
Passaram o dia pescando, remando e conversando.
Durante todo o tempo, o pai só conseguia pensar nas coisas urgentes que tinha para entregar, nas ligações telefônicas que precisava fazer.
E os projetos que precisavam ser concluídos? Pensava nas tarefas a terminar e nas reuniões que precisava marcar.
Quando findou o dia, ele retornou ansioso para sua mesa de trabalho.
No seu diário, naquele dia, ele anotou:
"Levei meu filho para pescar. Outro dia perdido."
Mas, o garoto, exultante pelo dia passado com seu pai, escreveu em seu diário:
"Passei o dia com papai. Foi um dos melhores dias da minha vida.
E adormeceu sorrindo."
Se você é pai, pense nisso: as crianças de hoje realmente precisam de pais que joguem bola, brinquem de casinha, troquem a roupa da boneca.
Porque é nisso que o coração de uma criança se apega.
Precisam de pais que riam muito, até que a barriga comece a doer e lágrimas corram dos olhos.
Porque assim nascem as lembranças que duram por toda a vida.
Precisam de pais que ouçam as suas necessidades e com generosidade, digam: vamos fazer algo para resolver isso agora mesmo.
Precisam de pais que agendem as apresentações escolares, as feiras de ciência ou os jogos de futebol.
Porque pais são a mais importante platéia.
Precisam de pais que olhem bem nos olhos e, escutem, com atenção, mesmo que para isso tenham de ficar de joelhos.
Precisam de pais que leiam histórias, com entusiasmo e interpretação.
Porque isso lhes alimenta a imaginação.
Precisam de pais que admitam que estão errados, em algumas oportunidades, e se esforcem para fazer o que é certo.
Precisam de pais que amem todo o tempo, pois o amor é um dom, e não uma recompensa oferecida por um serviço bem feito.
Precisam de pais que as estimulem a ser bem-sucedidos em tudo o que fazem.
Pais que fiquem ao seu lado enquanto a lição é estudada.
Pais que ajudem a limpar a gaiola do bichinho de estimação, segurem a bicicleta até que elas aprendam a andar sozinhas.
Pais que rolem na grama, comam pizza, tomem sorvete.
Pais que ensinem a amarrar os cadarços do tênis, a colocar a meia, limpar o nariz.
Pais gente, pais presentes.
Pense nisso. Mas pense agora.
Texto da Redação do Momento Espírita, com base no cap. Do que as crianças precisam, de Marty Wilkins e cap. Ocupado demais, de Ron Mehl, do livro histórias para o coração do homem, de Alice Gray e Al gray, ed. United Press.
Mhm.14.10.2006.
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