terça-feira, 28 de março de 2017

CRUZADA CONTRA O PALAVRÃO

Tânia Menai
No ano de 2001, uma nova moda foi anunciada nas empresas americanas: a proibição de palavrões. O consultor James O’Connor, autor do livro Controle de Obscenidades, criou uma agência para controlar palavrões. Afirma ele que a falta de civilidade que toma conta da nossa sociedade está invadindo os ambientes de trabalho. É curioso observar que o espírito humano está utilizando os meios mais estranhos para pôr para fora do seu ser os conteúdos infelizes, desequilibrados, que promovem enfermidade e loucura, aos poucos ou bruscamente. Citando os prejuízos acarretados pelo hábito de xingar os outros, O’Connor diz que falar palavrão polui o ambiente com negatividade, afeta o moral e a atitude de quem fala, além de ser uma grande falta de respeito. Ele está certo. A soma das energias envenenadas que se espalham pelo espaço psíquico do mundo é capaz de provocar todos os tipos de desajustamentos, além de outras formas de perturbações. Como um bom pregador, o consultor tem seu decálogo anti-palavrões: 
-Primeiro: reconheça que falar palavrão causa estragos. Você não ganha nenhum argumento nem prova inteligência. Palavrão intimida, não estimula. 
-Segundo: comece eliminando os palavrões casuais. Faça de conta que a sua avó ou a sua filha estão sempre ao seu lado. 
-Terceiro: pense positivo. Olhe somente para o aspecto bom das situações. 
-Quarto: exercite a paciência. Se você estiver preso no trânsito, em vez de xingar o motorista da frente, pense nas suas tarefas do dia. 
-Quinto: aguente a barra. O dia é cheio de desafios e problemas. Palavrões não irão resolvê-los.
-Sexto: pare de reclamar. Em vez disso, ofereça soluções. Você será admirado por sua calma e sabedoria. 
-Sétimo: use palavras alternativas. Faça a sua lista. Seja criativo. 
-Oitavo: defenda sua opinião educadamente. Mesmo sem palavrões, uma frase pode ser muito ofensiva. 
-Nono: pense na oportunidade que você perdeu de ficar calado ou de falar a mesma coisa de outra maneira. 
-Décimo: exercite seus novos hábitos. Falar palavrão é um vício, como fumar. Ao eliminá-lo, avise aos amigos e à família.
 * * * 
Enquanto você se defronta com as tantas necessidades do caminho terreno, nos dias da sua existência, pense e verifique o quanto se desgasta com a utilização do palavrão. Pense que tudo é questão de costume, de hábitos que desenvolveu em seu íntimo. Pense que o Mestre Jesus já definiu há mais de dois mil anos que a boca fala do que está cheio o coração. E se você conduz na sua intimidade a luz do Cristo, convenhamos que não é possível que se acomode a esses modismos. Então, faça esforços por se reeducar, a fim de que atravesse a vida, no mundo, bem conduzindo os seus pensamentos e norteando as suas ações para o bem. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 13 do livro Educação e vivências, pelo Espírito Camilo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no artigo Ponte que partiu, de Tânia Menai, de Nova York, publicado na Revista Exame (2001). Em 2.1.2013.

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