sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A MAIS IMPROVÁVEL LIÇÃO DE AMOR

O que é o amor? 
Alguém escreveu que o amor é como uma flor no deserto. 
Nasce, aparece, cresce, amadurece e transforma em oásis qualquer lugar hostil, áspero e cruel. 
É comum, no entanto, em noticiários que divulgam crimes passionais, ouvirmos que quem matou o fez por amor. 
Terá o amor esse viés de agressividade, de maldade, ao ponto de perseguir, agredir, acabar com a vida de quem dizemos amar? 
Será esse o sentido do amor? 
O amor que se registra como posse e se não puder ser nosso, ninguém mais o terá? 
O Mestre de Nazaré nos instituiu como lei máxima a do amor. 
Amor a Deus, o Criador, e ao nosso próximo. 
Detalhou ainda que deveríamos amar a nós mesmos. 
Eis uma regra especial, algo que nos deve levar a reflexionar com profundidade: quem deseja algo ruim para si mesmo? 
Não desejamos para nós somente o melhor, o bom, o agradável?
Talvez, alguns de nós, tenhamos uma ideia distorcida do que seja o amor. 
Como aquele jovem presidiário que conta que seu padrasto costumava lhe bater com extensões elétricas, cabides, pedaços de pau, o que tivesse à mão. 
E toda vez que assim o agredia, repetia: 
-Isso dói mais em mim do que em você. Faço isso porque amo você.
Foi assim que ele cresceu com a falsa ideia de que o amor tinha de fazer mal. 
E passou a medir a extensão desse sentimento exatamente pela dor que alguém poderia sofrer. 
Por isso, aos que dizia amar, ele magoava, machucava. 
Andando pela viela dos desacertos, acabou preso e condenado à prisão perpétua. 
Segundo ele, pena merecida por ter cometido um terrível crime. 
Um duplo assassinato: de uma mulher e de uma criança. 
Foi no ambiente da prisão que ele entendeu o que era e o que não era amor. 
O que via ali era maldade, crueldade, desespero, desesperança. 
Seria mesmo isso o amor? 
E a lição chegou de uma forma totalmente improvável. 
Foi uma mulher, Agnes, quem lhe ensinou o que era o verdadeiro amor. 
Ela tinha razões para odiá-lo porque era a mãe e avó das suas vítimas. 
Contudo, ela o foi visitar na prisão e viu naquele jovem o ser humano sofrido, marcado por traumas, desorientado, perdido e lhe ofereceu amor. 
Aquele amor que compreende, que apoia, que perdoa. 
O amor que salva, que ergue um novo edifício em meio aos escombros de uma vida marcada pela violência. 
Um amor que transforma, que leva a criatura a refletir sobre o que fez e lhe indica rumos novos, para os anos que ainda tem à frente. 
* * * 
Léon Denis
O amor é o olhar de Deus! 
O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração: é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da bondade. 
É a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres. 
O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abraça todas as criaturas. 
Deus é o seu foco. 
Assim como o sol se projeta sobre todas as coisas e aquece a natureza inteira, assim também o amor divino vivifica todas as almas. 
Deus é amor. 
E como somos Seus filhos, fomos criados para amar. 
Amemos.
A nós mesmos, ao nosso semelhante. 
Amemos. 
Redação do Momento Espírita, com fato colhido em https://www.youtube.com/watch?v=2liy_1kyaz0 e com pensamentos do cap. XLIX, pt. 5, do livro Depois da morte, de Léon Denis, ed. FEB. 
Em 14.2.2018.

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