Talvez a mais célebre tenha sido a Revolução Francesa, na qual o levante do povo inverteu a ordem e o regime vigentes, substituindo a monarquia pela república.
Pouco mais de um século depois, na Rússia, outra revolução se fez, no propósito de implementar o comunismo.
Enfim, na história da Humanidade, contam-se, às centenas, os revolucionários e as revoluções.
Por mais variadas as intenções, por mais diversas que fossem as culturas onde aconteciam, em todas as épocas as revoluções surgiram.
Em comum, traziam o derramamento de sangue, as armas em punho, a violência para, muitas vezes, buscar o ideal de liberdade e paz.
* * *
Houve, no entanto, um homem que se tornou revolucionário sem nunca ter empunhado uma arma ou proposto a violência para que a Sua revolução se fizesse.
Foi revolucionário porque não teve medo de apontar as mazelas e defeitos que observava na sociedade.
Revolucionou quando colocou sobre o mesmo patamar de importância os párias, doentes, aleijados e cegos, religiosos, ricos e poderosos, homens e mulheres.
Revolucionou convenções sociais e religiosas quando essas não representavam senão simulacro externo, sem significado mais profundo.
Fez uma releitura das leis de Deus, mostrando a justiça e bondade Divinas permeando a tudo e a todos no Universo.
E chamou-O de Pai, quando tantos só O temiam ou não O entendiam.
Foi tal sua revolução silenciosa, que alguns poderosos, covardemente, preferiram calar-lhe o verbo de luz, desde que não suportavam as Suas verdades.
Contudo, quando morto, Sua mensagem ganhou mais força e venceu os séculos, convidando a todos que a ouvissem para aderir à Sua revolução.
Assim aconteceu com Saulo de Tarso, às portas de Damasco.
Também se passou com Francisco, Il Poverello, na montanhosa Úmbria.
Não diferente foi com Tereza D’Ávila, na Espanha medieval.
Não foram poucos aqueles que se permitiram imolar pela revolução que Jesus propôs.
Não uma revolução externa que visasse os ganhos do mundo.
Mas a revolução interna, a mais desafiadora, para os ganhos da alma.
Essa é a revolução que Ele ainda aguarda que todos nós, um dia, possamos aderir.
Se séculos nos separam, nos dias de hoje, da Palestina que ouviu Seu cantar de amor, Ele ainda aguarda de todos nós que Sua mensagem nos revolucione o mundo íntimo.
Enquanto tantos O têm estampado na camiseta, pendurado ao pescoço ou no adesivo do vidro do carro, Ele aguarda ainda, que encontremos espaço em nossa intimidade para Ele.
Nenhuma preocupação com grandes edificações, mas somente com o templo de nossa intimidade.
Não mais oferendas externas, mas os sacrifícios no altar de nosso coração.
Assim Ele aguarda que todos nós, tal como tantos que já O seguem, possamos fazer, definitivamente, da Sua mensagem, o nosso roteiro de conduta e a nossa estrada de luz.
Pensemos nisso e tomemos a sábia decisão de segui-lO, desde agora.
Este é o nosso momento de decisão.
Redação do Momento Espírita.
Em 17.6.2013.
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