quinta-feira, 18 de julho de 2024

A MAIOR DOR

Qual é a maior dor? 
Você já pensou nisso? 
Um jovem deixou um bilhete aos familiares, pouco antes de cometer suicídio, e expressou no papel o que estava sentindo. 
Disse ele que a maior dor na vida não é morrer, mas ser ignorado. 
É perder alguém que nos amava e que deixou de se importar conosco. 
É ser deixado de lado por quem tanto nos apoiava e constatar que esse é o resultado da nossa negligência. 
A maior dor na vida não é morrer, mas ser esquecido. 
É ficar sem um cumprimento após uma grande conquista. 
É não ter um amigo telefonando só para dizer Olá. 
É ver a indiferença num rosto quando abrimos nosso coração. 
O que muito dói na vida é ver aqueles que foram nossos amigos, sempre muito ocupados quando precisamos de alguém para nos consolar e nos ajudar a reerguer o nosso ânimo. 
É quando parece que nas aflições estamos sozinhos com as nossas tristezas. 
Muitas dores nos afetam, mas isso pode parecer mais leve quando alguém nos dá atenção.
* * * 
É bem possível que esse jovem tenha tido seus motivos para escrever o que escreveu. 
Todavia, em nenhum momento deve ter pensado naqueles que o rodeavam. 
Se pudesse sentir a dor de um coração de mãe dilacerado ante o corpo sem vida do filho amado... 
Se pudesse experimentar o sofrimento de um pai que tenta, em vão, saber do filho morto o que o levou a tamanho desatino... 
Se sentisse o desespero de um irmão que busca resposta nos lábios imóveis do ser que lhe compartilhou a infância... 
Se pudesse suportar, ainda que por instantes, a dor de um amigo sincero a contemplar seus lábios emudecidos no caixão, certamente mudaria seu conceito sobre a maior dor. 
* * * 
Se você pensa que está passando pela maior dor que alguém pode experimentar, considere o seguinte: 
Uma mãe que chora sobre o corpo do filho querido que foi alvo das bombas assassinas, em nome das guerras frias e cruéis.
Uma criança debruçada sobre o corpo inerte da mãe atingida por granadas mortíferas. 
Um órfão de guerra que é obrigado a empunhar as mesmas armas que aniquilaram seus pais... 
Um pai de família que assiste o assassinato dos seus, de mãos amarradas. 
Enfim, pense um pouco nessas outras dores... 
Pense um pouco nos tantos corações que sofrem dores mais amargas que as suas. 
E se ainda assim você estiver certo de que a sua dor é maior, lembre-se daquela mãe que um dia assistiu a crucificação do Filho inocente, sem poder fazer nada. 
Lembre-se também Daquele que suportou a cruz do martírio mas não perdeu a confiança no Pai, que tudo sabe. 
E se ainda assim você achar que é o maior dos sofredores, considere que talvez o egoísmo esteja prejudicando a sua visão. 
* * * 
Pense nisso! 
Descobrir qual é a maior dor, é muito difícil. 
Mas a maior decepção é fácil de deduzir. 
É a daqueles que se suicidam pensando que extinguirão a vida e com ela todos os problemas. 
Esses saem do corpo, mas, indubitavelmente, não saem da vida e, muito menos, acabam com os problemas. 
Portanto, por mais difícil que esteja a situação, nunca vale a pena buscar essa porta falsa, chamada suicídio. 
É importante lembrar sempre: por mais escura e longa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar. 
E por mais que pensemos estar na solidão, temos sempre conosco um amigo fiel e dedicado que jamais nos abandona: o meigo Rabi da Galiléia. 
Pense nisso! 
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem volante sem menção ao autor. Disponível no CD Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.
Em 29.09.2009.

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