sábado, 15 de junho de 2024

FIDELIDADE

Dia desses nos chegou um e-mail, daqueles que as pessoas enviam para seus amigos e os dizeres nos chamaram atenção. 
Dizia o seguinte: 
"A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos e até ter um governo mais ou menos. A gente pode dormir numa cama mais ou menos, fazer uma refeição mais ou menos, ter um transporte mais ou menos. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos. O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum, é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos e acreditar mais ou menos. Senão corremos o risco de nos tornar uma pessoa mais ou menos."
A tônica da mensagem é interessante porque nos chama atenção para uma realidade muito comum em nossos dias. 
A realidade da omissão. 
No Novo Testamento encontramos esta advertência: 
"Oxalá fosses frio ou quente. Mas porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca."
Em outro momento Jesus adverte: 
"Seja o teu falar sim, sim, não, não."
 O convite à firmeza, à fidelidade, à definição é claro, pois é dessa forma que evidenciaremos o nosso caráter. 
Encontramos na História do Cristianismo um exemplo clássico de omissão, que foi Pilatos. 
Ele sabia que Jesus era inocente. 
Isso fica claro quando apresenta Jesus ao povo e diz: 
-Eu o estou trazendo para fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele nenhum crime. 
No entanto, quando percebeu que seu cargo, seu prestígio diante de César e sua posição estavam em risco, entregou Jesus para ser crucificado. 
Pilatos não foi fiel nem à sua própria verdade. 
Encontramos também um exemplo de firmeza e fidelidade no grande Apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso. 
Ele defendeu a mensagem do Cristo mesmo sob pedradas, injúrias e a pecha de louco. 
Perdeu o cargo no Sinédrio, perdeu os amigos, perdeu a herança e o respeito de seu pai, mas jamais se mostrou morno ou se colocou na cômoda posição de ficar em cima do muro. 
A proposta desta mensagem é justamente a de que podemos aceitar o mais ou menos nas coisas, mas de forma alguma em nossa maneira de sentir ou de nos posicionar diante da vida. 
Nossas verdades devem ser defendidas com coragem e fidelidade.
Nossa posição deve ser bem definida, embora ficar em cima do muro ou lavar as mãos, seja mais confortável. 
Em vários momentos do nosso dia estamos sendo convocados a assumir uma posição. 
Seja numa reunião de trabalho, numa assembleia do condomínio ou numa simples reunião familiar. 
Infelizmente, é nesses momentos que muitos preferem se omitir para ficar bem com todos, em vez de expor seu ponto de vista com firmeza e ajudar na solução dos problemas. 
Esse ato de covardia é repugnante e é por esse motivo que encontramos a expressão evangélica: 
"Mas porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca." 
Por essa razão, vale a pena ser fiel em todos os momentos da nossa vida, sem omissão, nem negação da verdade. 
* * * 
Ser fiel no pouco nos fortalece para ser fiel nas grandes decisões.
Assim, a fidelidade é uma virtude que deve ser cultivada em todos os momentos e em todas as situações, com firmeza e determinação.
Pense nisso! 
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de autoria ignorada e no livro bíblico Apocalipse, cap. 3, vers. 14 e 15. Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8/9 e no livro Momento Espírita, v. 5, ed. FEP. 
Em 15.6.2024.

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