sexta-feira, 31 de maio de 2024

A MADRUGADA DE UM NOVO TEMPO

A madrugada se vestiu de luzes e saiu a caminhar, para receber o dia.
Um dia diferente. 
Um dia em que a Humanidade comemora a entrada de um novo ano.
Sim, o tempo, em verdade, é somente a sucessão das coisas transitórias. 
Uma convenção. 
Tivemos tantos calendários, ao longo das eras. 
O calendário maia, que se acredita datar do século VI a.C. 
O calendário islâmico, criado em 633 depois do nascimento de Cristo, quando o profeta Maomé fugiu da cidade de Meca para Medina. 
O calendário judaico, surgido na época do êxodo, por volta de 1447 antes de Jesus. 
O calendário juliano, em homenagem ao imperador romano Caio Júlio César. 
Agosto era, então, o sexto mês do ano. 
Por isso chamado sextilis. 
A história da mudança vem de longe, do império romano. 
Tem ingredientes de poder e de inveja. 
O imperador Otávio Augusto conquistou três vitórias nesse mês.
Como auto-homenagem, nomeou-o com o próprio nome, Augustus.
Mas, havia um senão. Sextilis só tinha trinta dias. 
Julho, cujo nome reverencia Júlio César, tinha trinta e um. 
Para não ficar atrás, o imperador apoderou-se de um dia de outro mês. 
É por isso que julho e agosto são os únicos meses consecutivos com trinta e um dias. 
Finalmente, o nosso atual calendário, o gregoriano, de origem europeia, que é o utilizado, oficialmente, pela maioria dos países.
Promulgado pelo papa Gregório XIII, substituiu o juliano, entrando em vigor em 15 de outubro de 1582, depois de cinco anos de estudos.
Isso nos dá uma pálida ideia de quanto o tempo é realmente uma convenção. 
Contudo, para a grande maioria da Humanidade, que o adota, o dia 1º de janeiro assinala o início de um novo ciclo. 
Um ciclo de doze meses, basicamente com trezentos e sessenta e cinco dias. 
Exceção única dos anos bissextos, que ocorrem a cada quatro anos, com o objetivo de manter o calendário anual ajustado com a translação da Terra e com os eventos relacionados às estações do ano.
De toda forma, o que importa é que esse novo início se reveste de muita comemoração. 
É momento de se fazer propósitos para os próximos doze meses. Propósitos pessoais e coletivos. 
É momento de se planejar coisas importantes para as nossas vidas: a colação de grau universitário, a entrada no mercado de trabalho, o casamento, a geração de um filho... 
Ou um aniversário especial em nossas vidas. 
Aqueles que costumamos destacar, ainda e sempre por convenção social ou decisão pessoal: quinze anos, cinquenta anos, noventa anos.
Datas significativas. 
Neste ano, que apenas esboça a sua presença, que está amanhecendo agora, nos ofertando o céu azul de novas possibilidades de progresso e crescimento, agradeçamos a Deus. 
Agradeçamos pela vida, pela saúde, pelo lar, pelos familiares, pelos amigos. 
Pelo que tivermos. 
Mesmo que seja somente a presença dedicada de um cão. 
Novo ano. 
Tempo de agradecer. 
Tempo de começar a executar o nosso novo plano de vida. 
Um plano que contenha aquisição de títulos de nobreza, de melhoria pessoal, moral, intelectual. 
Um plano que nos diga que, a partir de agora, colocaremos em prática a nossa mais especial qualidade: ser humano. 
Humano, de humanidade, de amante da paz, da fraterna convivência, do auxílio solidário. 
Ano Novo! 
Novo ano! 
Sejamos felizes. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 01º.01.2021.

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