quarta-feira, 8 de maio de 2024

A LUZ DO NATAL

EMMANUEL E CHICO XAVIER
Cintilância não é sinônimo de harmonia e paz. 
Há claridade nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens. 
Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte. 
Reflexos radiosos surgem do lança-chamas. 
Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo. 
No Evangelho, porém, é diferente. 
Comentando o Natal, o Evangelista Lucas assevera que o Cristo é a luz para iluminar as nações. 
O Mestre não chegou impondo normas ao pensamento religioso. 
Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos. 
Não disputou com os filósofos quanto às origens do homem.
Também não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida. 
Contentou-se em fazer luz no Espírito eterno. 
Seu ministério endereçava-se aos povos de todo o mundo.
Mas Ele não marcou Sua presença com expressões coletivas de poder. 
Absteve-se de movimentar e formar exércitos e sacerdócio, armamentos e tribunais. 
Preocupou-se com o que de fato interessava. 
Trouxe claridade para todos, projetando-a de si próprio.
Revelou a grandeza do serviço à coletividade por intermédio da consagração pessoal ao bem infinito. 
* * * 
Nas reminiscências da época do Natal, medite sobre o roteiro que você elegeu. 
A quê ele o conduz? 
Você tem luz suficiente para a marcha? 
Que espécie de claridade está acendendo em seu caminho?
Fuja ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera. 
Não se contente com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo de voo baixo dentro da noite. 
Apague a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. 
Também não confunda o período natalino com o brilho dos enfeites das lojas. 
Em breve, essa cintilação se extinguirá, mas você permanecerá em sua jornada. 
Aproveite a habitual pausa de final de ano para refletir com profundidade sobre sua vida. 
Identifique as opções que lhe orientam os caminhos.
Raciocine sobre os hábitos por você mantidos e que revelam seu mundo íntimo para os semelhantes. 
Estarão eles de acordo com os ensinamentos do Divino Mestre? 
Jesus disse que Seu jugo era leve e ofereceu a Sua paz. 
Na sequência, revelou-se como o Caminho da verdadeira vida, e fez o convite. 
Quem quisesse, deveria tomar sua cruz e segui-lO. 
Tomar a própria cruz e caminhar com o Mestre significa imitar Seus luminosos exemplos. 
Não há felicidade nos distúrbios e no erro. 
Os resplendores da vida terrena bem cedo produzem enfado.
* * * 
Se você procura o Mestre Divino e a experiência cristã, para além das ilusões do mundo, pare e reflita. 
Lembre-se de que há na Terra clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento. 
Ser cristão, desfrutar de Sua sublime paz, implica cooperar com Ele. 
Para isso, é necessário dispor-se a extinguir as trevas, acendendo em si próprio aquela sublime luz para iluminar. 
É indispensável dispor-se a amar e servir, fazendo disso um hábito, pela repetição incessante. 
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XLIV do livro Segue-me!..., pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB. Disponível no CD Momento Espírita, v. 15, ed. FEP. 
Em 26.12.2018.

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