JOANNA DE ÂNGELIS E DIVALDO PEREIRA FRANCO |
Alguns, vivemos em famílias onde nos amamos, nos auxiliamos, mas nas quais irrompem doenças terríveis e o desemprego é quase constante.
Outros, vivemos em famílias onde imperam os desentendimentos.
Famílias com pais abnegados e filhos ingratos.
Famílias com filhos amorosos e pais descuidados.
São muito diversas as famílias na Terra.
Importante lembrarmos que os filhos recebem, dos pais biológicos, apenas os componentes do corpo físico: cor da pele, dos olhos, do cabelo.
Por isso, as semelhanças físicas, inclusive mais acentuadas com a mãe ou com o pai.
No entanto, a inteligência, os vícios e as virtudes são heranças pessoais.
São a bagagem do próprio espírito que chega ao nosso lar, como filho.
Cada um é uma individualidade única.
Os filhos nos chegam ligados por compromissos anteriores, que podem ser de sentimentos de vingança ou cobrança.
É a forma que a Lei Divina estabelece, reunindo almas que trazem pendências na área das antipatias e animosidades.
Ligadas pelos laços familiares, têm a oportunidade de diluir as armas do desafeto, e se aproximarem um tanto mais.
É nesse afã que a família é, antes de tudo, um laboratório de experiências reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam, programando a paz futura.
Nem é o grupo da bênção, nem o impulso passageiro da desdita.
Antes, é a escola de aprendizagem e redenção futura.
Funciona para os irmãos que se amam como para aqueles que se detestam.
Também para os pais que demonstram maior preferência por um filho do que a outros.
Como somos almas que nos reencontramos, felizes umas, outras portadoras de muitas mazelas espirituais, vemos filhos que se voltam contra os pais, ingratos ou revoltosos.
A vida é incessante, e com a família carnal temos experiências transitórias em programação, objetivando a família universal.
Dessa forma, somos chamados a prestar muita atenção naquelas almas que reunimos em nossos lares.
Criarmos meios para melhor encaminhá-las desde muito cedo, às veredas do amor, do perdão e da real amizade.
Nossos filhos são Espíritos que renascem em nossos lares com o objetivo de redenção, de aprimoramento.
Como pais, somos os responsáveis, perante o Criador, por essas almas que nos são endereçadas.
A Divindade confia que façamos o nosso melhor.
E, se, em nosso lar, chegou o filho limitado física ou mentalmente, saibamos que o Pai Celeste tem ainda maior confiança em nós.
Ele nos confia esse Espírito porque sabe que teremos condições de amá-lo, de conduzi-lo na vida.
São tantos os exemplos de filhos que, renascidos com limitações, as superam, muito além do esperado, graças ao amor dos pais, que se esmeram nos estímulos, nos incentivos, na educação.
Nossa família, generosa ou complicada; pequena ou numerosa; plena de amor ou com muitas arestas de incompreensão, acreditemos: é o lugar ideal para progredirmos.
Tenhamos, portanto, um renovado olhar para nossos pais, nossos filhos, nossos irmãos.
Somos todos almas irmãs a caminho da perfeição.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2, do livro
S O S Família, pelo Espírito Joanna de Ângelis e outros Espíritos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 02.04.2022.
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