domingo, 19 de fevereiro de 2023

JEITO DE ESCAPAR DO INFERNO

Mohandas Karamchand Gandhi foi um homem fabuloso e inesquecível. 
Seu conhecimento sobre as leis de Deus é digno de nosso mais profundo respeito e admiração. 
Uma das mais belas passagens de sua vida é relatada com competência pelo cineasta britânico Richard Attenborough. 
O filme mostra a sangrenta guerra civil que se seguiu à divisão da Índia em Paquistão muçulmano e Índia hindu. As mortes só trouxeram retaliações e mais vítimas, até que Gandhi, líder espiritual respeitado por hindus e muçulmanos, iniciou um jejum e jurou que não comeria até que a matança terminasse, mesmo que isso significasse sua morte por inanição. Esse foi apenas um dos muitos jejuns de Gandhi defendendo a não-violência. Um hindu enlouquecido visitou o Mahatma e, ao chegar aos pés da cama onde estava, atirou-lhe um pedaço de pão enquanto gritava: 
-Eu já vou para o inferno e não quero a culpa da sua morte também em minha alma! Coma, por favor! 
Gandhi, sereno como sempre, replicou: 
-Por que você vai para o inferno? 
O hindu tremia ao responder: 
-Eu tinha um filho pequeno, mais ou menos deste tamanho, que foi assassinado pelos muçulmanos. Então, eu peguei a primeira criança muçulmana que consegui encontrar e a matei, arrebentando-lhe a cabeça contra uma parede. 
Gandhi fechou os olhos e chorou por dentro. Depois se recompôs, pois sabia da importância de seu papel perante aquele povo e, com esperança na voz, disse: 
-Eu conheço um jeito de escapar do inferno. Muitos meninos agora estão sem os pais por causa da matança. Encontre um menino muçulmano, com mais ou menos este tamanho - repetindo o gesto feito pelo visitante há pouco – e o crie como se fosse seu. Adote-o. 
O homem desorientado estava admirado com a proposta, e tentava assimilá-la da melhor forma. Uma brisa de esperança chegou-lhe ao rosto. Porém, Gandhi não havia terminado sua fala: 
-Atente apenas para um detalhe: você não deve esquecer que deverá criá-lo como um muçulmano. 
O hindu não estava preparado para aquela proposta. Era muito diferente de tudo que sentia, de tudo que pensava. Era uma proposta revolucionária. Era a revolução da lei do amor, ensinada por Gandhi, de forma magistral. O homem caiu aos pés do mestre. A loucura abandonou seus olhos, que choravam copiosamente. Gandhi colocou as mãos na cabeça do hindu, abençoando-o do fundo de seu coração, desejando que ele pudesse aceitar seu novo caminho, o caminho para sair do inferno. Quando o hindu saiu, ele tinha um pouco de paz no coração, e uma proposta da lei do amor em suas mãos: proposta de perdão e de autoperdão. 
* * * 
Nada como o amor, em toda sua resplandecência, para nos libertar desse estado d’alma de inferno. 
Sim, já somos capazes de entender que o inferno não é um local delimitado no espaço, mas um estado d’alma temporário. 
Para alguns, desorientados e reincidentes nos mesmos erros, esse estado de espírito parece uma eternidade, mas essa dita eternidade dura apenas o tempo do aprendizado, o tempo do despertar para o amor. 
O amor cobre uma multidão de pecados, conforme tão bem afirmou o Apóstolo Pedro. 
A lei de causa e efeito abraça-se à lei da amorosidade e ambas, interligadas sempre, carregam-nos para a tão desejada felicidade. 
Redação do Momento Espírita.
Em 09.09.2013.
MINHA NOTA:Definição sobre o INFERNO pelo sábio dos sábios ALBERT EINSTEIN: "O INFERNO É A AUSÊNCIA DE DEUS!"

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