quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

PAI NOSSO

Jesus de Nazaré, durante os poucos anos em que emprestou Sua presença amiga aos sofredores e ignorantes da Terra, foi visto orando, inúmeras vezes.
Então, um dos apóstolos, desejando verdadeiramente aprender, rogou a ele:
-Mestre, ensina-nos a orar. 
E Jesus ensinou a mais bela síntese de como se deve fazer uma prece, proferindo a oração que conhecemos como Pai Nosso. 
Percebemos não se tratar de uma simples prece, mas de um roteiro seguro do qual podemos extrair profundas lições. 
Ao enunciar Pai Nosso, evoca o Criador com suprema humildade e submissão, como quem busca a proteção divina de alma aberta. 
E nos autoriza a considerarmos que, filhos do mesmo Pai, formamos uma única e grande família. 
Ao afirmar Que estais nos céus, reconhece a supremacia e a grandeza do Senhor do Universo, que a tudo governa com extrema sabedoria. 
O Senhor do Universo que está em toda parte, em todos os mundos. 
Quando Jesus fala Santificado seja o vosso nome, demonstra o respeito e a veneração pelo Ser Supremo, sentimentos que devemos todos a esse Ser incriado, Pai celeste, Criador de todas as coisas. 
Quando o Mestre roga: Venha a nós o vosso reino, sua alma se abre para nos ensinar que o Reino de Deus está dentro de cada um de nós. 
E que para encontrá-lo é preciso buscar com todas as forças.
Um reino que não é de aparências exteriores, nem de futilidades. Um reino imperecível. 
Quando Jesus profere as palavras: Seja feita a vossa vontade, submete-se fielmente ao Pai, confiante em Suas soberanas leis. 
Oferta-nos a lição de que não devemos desejar que prevaleçam as nossas vontades e nossos desejos. 
Quando Seus lábios se abrem para pedir: O pão nosso de cada dia nos dai hoje, sua rogativa é de um filho agradecido, que reconhece a misericórdia e a providência divinas. 
E nos diz que, se com nosso trabalho, obtemos nosso sustento, também necessitamos do pão da alma, que somente o Pai nos pode oferecer. 
Jesus continua e roga: Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 
Assinala uma lei simples e imutável que estabelece o perdão como condição básica para sermos perdoados. 
Rogando ao Pai: Não nos deixeis cair em tentação, Jesus nos convida a buscar o amparo do Alto para as nossas intenções de autossuperação, de renovação íntima, de construção do homem novo. 
Uma súplica e um desejo que nos devem ser constantes, querendo trilhar somente as veredas do bem e da justiça. 
E, quase finalizando, ao solicitar: Livrai-nos do mal, ratifica esse nosso anseio de agir com retidão, não desejando nos afastar das soberanas leis de Deus. 
É um pedido para que sejamos fortalecidos a fim de não virmos a cometer erros, tão comuns em nossas jornadas. 
Por fim, conclui: Amém, palavra hebraica que significa, em síntese, concordância, adesão. 
Também podemos entender como Certamente, 
De verdade. 
Assim seja. 
Dessa forma, quando tornarmos a orar o Pai Nosso, pensemos em cada frase, e nos iluminemos, com cada ensino. 
Acima de tudo, lembremos que se trata de oração ensinada pelo nosso Modelo e Guia. 
Um autêntico e sincero diálogo com o Pai.
Redação do Momento 
Espírita. Em 21.02.2023.

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