DIVALDO PEREIRA FRANCO E JOANNA DE ÂNGELIS |
De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter significação que nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.
Na área do relacionamento humano, as ocorrências também assumem contornos de acordo com o estado d´alma das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação a eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de observar bem os sucessos da caminhada humana.
De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la, de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando o uso de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.
* * *
Coloquemos, nas nossas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanharmos o mundo e o seu cortejo de ocorrências.
O amor nos facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os nossos amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranquilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição dos que se acerquem de nós.
O perdão constituirá a nossa força revigoradora colocada a benefício do delinquente, do mau, do alucinado, que nos busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da nossa afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de nós.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espalhe a luz, e se realize a comunhão com o bem.
* * *
Este é um convite para refletirmos sobre uma realidade especial: a realidade de que tudo na vida conspira a nosso favor; isto é, tudo trabalha para o nosso crescimento íntimo.
Nada que nos acontece visa nosso mal, embora muitas vezes possa parecer assim.
Abrir janelas na alma é tornar-se apto a descobrir essas novas realidades que, se bem compreendidas, tornam nosso viver menos árduo.
A lei de causa e efeito existe para nos educar, e não para nos punir...
A lei da reencarnação existe para nos dar novas oportunidades, e não para nos fazer sofrer...
A lei do amor existe para nos fazer felizes, pois só haverá júbilo em nossa alma quando concedermos a outros esse mesmo sentir – eis o que chamamos caridade.
Abramos janelas em nossa alma, uma a cada dia, e deixemos o sol da compreensão entrar.
Abramos janelas em nossa alma e nos permitamos sonhar, e continuar rumando em busca do sonho.
Abramos janelas em nossa alma e mostremos ao mundo as muitas belezas que existem.
Podemos até pensar que não existem, mas tenhamos plena certeza de que sim...
Elas estão lá...
Redação do Momento Espírita,com base no cap. 12,
do livro Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 3.3.2014.
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