quinta-feira, 26 de novembro de 2020

FELICIDADE POSSÍVEL

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANNA DE ÂNGELIS
Você acreditava que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. 
Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor.
Um lugar no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas. 
Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a sua busca. 
Você planejou a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, pudesse descansar da fadiga, da aflição e usufruísse a harmonia.
Passam-se os anos, e as frustrações se somam, anotando desencantos e amarguras, sem a desejada conquista. Lentamente, você se entrega ao desânimo, e sente que está discriminado no mundo, quando vê as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e felizes, desperdiçando saúde, robustez, corpos exemplares, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes... 
Você acredita que eles são felizes... 
É porque não sabe quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá. Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do desgosto, do arrependimento. Alguns envenenaram a alma nos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados. Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.
Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados. 
Felicidade, porém, é conquista íntima. 
Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto. 
Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. 
O que parece, não passa de ilusão. 
* * * 
Se você deseja ser feliz, viva, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador. As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz. 
A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção. 
Abençoe os acidentes de percurso, que você denomina como desgraça. 
Siga na direção das metas, e verá quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por você. 
Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão. 
Reúna essas florezinhas em um ramalhete. 
Tome das pedras pequeninas fazendo colares. e descobrirá que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber reconhecer, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16, do livro Momentos enriquecedores, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL. 
Em 20.2.2018.

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