segunda-feira, 16 de novembro de 2020

FELICIDADE, AGORA OU DEPOIS?

DIVALDO PEREIRA FRANCO
Você costuma afirmar que a felicidade foge de você? 
Que sempre que você está para conquistá-la, ela se vai, como fumaça ao vento? 
Você não será porventura daqueles, como muitos de nós, que coloca a sua felicidade no futuro? 
Algo que é projetado e que um dia, quem sabe, poderá ser alcançado?
Talvez justamente aí resida a grande dificuldade de ser feliz. 
Não sabemos apreciar o momento que passa, o que temos, o que somos, onde estamos. 
Vejamos. 
Quando andamos a pé, nossa felicidade está em comprar um carrinho. Não importa o tamanho, a cor, o ano. Importante que rode, que nos leve de um lado a outro, sem longas esperas em terminais de ônibus. Quando, afinal, conseguimos adquirir o carro e começamos a utilizar, passamos a desejar ter um maior, mais confortável, mais econômico, melhor, enfim. E nisso passa a residir a nossa felicidade. Sequer nos damos tempo de ficar felizes por termos o primeiro carro. Temos alcançado uma meta. 
Quando não temos casa própria, sonhamos com ela. Ficar livres do fantasma do aluguel, podermos, em nossa propriedade, fazer o que desejamos, sem precisar pedir autorização ao proprietário. Um dia, então, alcançamos o nosso desejo. Eis-nos na casa própria. Em vez de ficarmos felizes, plantarmos um jardim, e ir colocando os pequenos mimos cá e lá, enfeitando nosso cantinho particular, começamos a sonhar com uma casa maior. Ou, então, em um bairro melhor, com mais comodidades. Afinal, seria interessante que cada membro da família tivesse seu próprio quarto e seu banheiro. 
E sonhamos, e sonhamos. 
Ora, desejar progredir é próprio do ser humano. 
Desejar melhorar as condições de vida é natural. 
Contudo, o que não nos permite sermos felizes, em momento algum, é não valorizarmos a conquista realizada. E aprendermos que a felicidade não está especialmente em ter coisas, mas em saber dar a elas o seu devido valor. 
Mais precioso que o carro, é a possibilidade de andar com as próprias pernas. É ter braços para estreitar, apertar contra o peito quem se ama. Melhor que a casa onde se reside é gozar da felicidade de um lar, que quer dizer família, lugar de morar, de se expandir, de crescer, de amar e ser feliz.  
Eis o segredo da felicidade. 
Eis porque encontramos seres que nada ou quase nada possuem e sabem sorrir. 
Eis porque as crianças, que ainda não entraram no esquema do consumismo, ficam felizes por poder brincar, correr com os amigos. Elas esquecem se está frio ou calor, se é hora de comer ou de dormir. O importante é gozar até o último momento da brincadeira com os amigos. Por isso, todos os dias, elas nos dizem com seus sorrisos: 
-É possível ser feliz na Terra. 
* * * 
Saúde o seu dia com a oração da gratidão a Deus. 
Você está vivo. 
Enquanto a vida se expressa, se multiplicam as oportunidades de crescer e ser feliz. 
Cada dia é uma bênção nova que Deus lhe concede, dando-lhe prova de amor.  
Acompanhe a sucessão das horas, cultivando otimismo e bem-estar.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 1, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. 
Em 20.05.2011.

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