quarta-feira, 11 de novembro de 2020

FEITIÇO

Um dos motivos pelos quais as pessoas buscam os Centros Espírita é o mal feito, o feitiço. 
Levando nas mãos objetos estranhos, encontrados em posições bizarras dentro do lar, no carro, no jardim, no caminho que habitualmente percorrem, as criaturas chegam um tanto assustadas. 
 A primeira pergunta é: 
-Quem fez isto? 
Para logo em seguida indagarem: 
-Isto pode me prejudicar? 
O que desejam é que os Espíritos realizem um trabalho para desmanchar o mal feito, evitar que coisas ruins lhes aconteçam. 
Na verdade, nenhum mal senão o que provocamos pela nossa conduta do ontem ou do hoje, pode nos atingir. Já nas anotações evangélicas encontramos a exortação: 
-Não temais os que matam o corpo, temei sim os que vos podem matar a alma. 
Inveja, ciúme, e toda sorte de sentimentos inferiores que destilem outras criaturas, em nossa direção, somente nos haverão de alcançar, atingindo-nos a mente e o coração, se estivermos sintonizados com a onda que nos é enviada. 
Dessa forma, o melhor método para se precaver do mal é vibrar e viver o bem. Se agimos com nobreza, se somos os cumpridores dos nossos deveres, se alimentamos o hábito da oração, nada nos poderá atingir. 
O mal que nos faz mal é o mal que fazemos aos outros. 
Emitir um pensamento bom em intenção de quem nos deseja o mal, eis uma fórmula ideal para neutralizar qualquer onda de malefícios. Ademais, lembremos: 
-Se Deus é por nós, quem será contra nós? 
Narram os biógrafos de Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da cidade de Sacramento, em Minas Gerais, que, certa feita, alguém que detestava o trabalho que ele empreendia, em nome da Doutrina Espírita, contratou um malfeitor para matá-lo. As pessoas que o amavam passaram a temer por ele. Pediram-lhe que tivesse cuidado, que evitasse andar por estradas desertas, por ruas escuras e nunca sozinho. 
Como, no entanto, fazer isso? 
Os chamados dos enfermos, dos necessitados eram tantos e em horas difíceis. Uma noite, retornando ao lar, após o dia de cansaço, foi surpreendido por um vulto. Destacou-se da sombra e investiu sobre ele, desejando feri-lo. Sem se perturbar, Eurípedes o cumprimentou, chamando-o pelo nome, qual se fizesse a um amigo. Foi o suficiente para que o braço assassino detivesse o gesto. Envergonhado, se desculpou. 
Uma onda de simpatia neutralizou o mal. 
Só os lobos caem em armadilha para lobos, ensinava Jesus. 
Feitiço, mandingas é assunto de quem ainda não encontrou a verdade, nem o esclarecimento. 
Os cristãos, que vivemos em Cristo, nada temos a temer dos que nos desejam agredir. Devemos temer aqueles que, insinuando-se, de forma sutil, buscam nos arrastar ao vício, às paixões degradantes. 
Esses nos poderão perder. 
Você sabia... ...que Allan Kardec teve oportunidade de perguntar aos Espíritos se um homem mau com o auxílio de um Espírito mau poderia fazer mal a alguém? 
Os Espíritos superiores lhe responderam: 
-Não. Deus não o permitiria. 
 * * * 
Liberte-se de qualquer feitiço de crenças antigas. 
Faça luz no íntimo, elevando o pensamento e o coração a Deus, nosso Pai.
Redação do Momento Espírita. 
Em 19.11.2012.

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