sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

AS ESTAÇÕES EM NÓS

Quando chega a primavera, ela se veste de flores, cores e perfumes. O clima se faz propício para a reprodução das plantas. Os animais comemoram brincando e trazendo mais vida e alegria. As temperaturas vão aumentando gradualmente, as águas dos rios e do mar se aquecem. A poesia nessa estação é inspirada pela variedade de cores que apresenta. As pessoas ganham novas energias e se entusiasmam a cultivar seus jardins, hortas e pomares. Tudo transpira liberdade e vida, amor e alegria, risos e brincadeiras. O sol brilha aquecendo, e as plantas renascendo, se espreguiçam vaidosas. É depois de um intenso período cinza e frio, que ela chega, intermediando o próximo verão. Fica muito claro, nesse período, o ciclo das estações do ano: a primavera gargalhando vida, o verão trazendo o auge do seu esplendor, o outono permitindo a colheita dos frutos e o inverno se vestindo de neve e frio, declinando do ciclo mágico. 
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Assim como as estações se sucedem, em nossa vida também passamos por ciclos. Podemos comparar a primavera com nosso renascimento, no planeta, com a infância despreocupada e a juventude plena de energia. A maturidade pode ser comparada ao esplendor do verão, que se apresenta como a força da natureza em cada ser. O outono significa aquele período especial das realidades particulares, na colheita dos plantios realizados. Também período em que podem ocorrer perdas significativas. São os amores que partem, a pouco e pouco, amizades que demandam o grande lar. E o inverno seria o decrescer das forças físicas, que desaceleram gradativamente. Tempo de recolhimento e de meditação, tempo de analisar os anos transcorridos e formular planos para um novo período. Importante que saibamos aproveitar cada ciclo, que entendamos a importância de cada estação, que tenhamos a sabedoria de usufruir, em totalidade, cada momento, como único e irrecuperável. Em síntese: viver em totalidade. 
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Necessário tratarmo-nos como um templo divino que merece respeito, carinho, perdão e amor. Autoconhecimento é a primavera florida e rica de recados para um futuro promissor. Auto-transformação é o rigor do verão dos aprendizados que temperam e equilibram, seguidos pela ruptura do outono, que recicla, por meio das perdas necessárias e inadiáveis. Auto-amor é o inverno, a busca permanente da alma em se recolher e se aquecer com o próprio calor, com os próprios recursos. Somos nós com nós mesmos, nos destinos da vida. Os ciclos da vida somente fluem quando celebramos a nossa história pessoal. Não sejamos cópia de ninguém. Cada um de nós nasce para florir e embelezar a vida de um modo único. Meditemos a respeito. Saibamos florescer, dar frutos, nos permitir o colorir das nuances outonais, até alcançar a neve dos dias de inverno. Vivamos cada estação com alegria, descobrindo-lhe a beleza, a ousadia, a oportunidade. Não lamentemos os dias idos, nem choremos o ontem. A melhor estação é a que estamos vivendo. 
Redação do Momento Espírita, com base no texto Estações da alma no amadurecimento emocional, de autoria ignorada. 
Em 7.12.2016.

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