A ausência de fé e a ignorância acerca das Leis que regem a vida têm feito com que a Humanidade se desvie do caminho reto, para tomar atalhos que lhe custarão mais tempo nas teias do sofrimento.
Esquecendo-se de que Deus é a Inteligência Suprema do Universo, Criador de todas as coisas, o homem, crendo-se mais inteligente e mais sábio que a própria Divindade, toma decisões equivocadas que só o conduzirão às valas da desdita.
Talvez porque pense que Deus está dormindo ou não tem competência para cuidar da Sua Criação, ou talvez por interesses escusos, para satisfazer o egoísmo e o orgulho, o homem tem se arvorado a tomar decisões que não lhe dizem respeito.
Acha-se suficientemente sábio para deliberar sobre a eutanásia, interrompendo a vida antes que Deus o faça.
Crê-se inteligente o bastante para aprovar o abortamento criminoso, antes de pensar que quem dá a vida é o Criador.
Admitindo-se mais onipotente que Deus, decreta a esterilização em massa de homens e mulheres das camadas financeiramente carentes.
Por tudo isso a Humanidade terá que responder, mais cedo ou mais tarde, diante da verdadeira onipotência, que é Deus.
Diz-se que o homem moderno é sábio, mas lembremos que a verdadeira sabedoria não está na soma de diplomas e conquistas intelectuais, e sim na admissão de um Ser Soberano que faz com que caia a chuva, nasçam as flores, girem os planetas, enfim, exista a vida.
O homem moderno pode brincar de criador mas, na realidade, jamais criou uma única semente capaz de germinar, sem a ajuda de Deus.
Pode acabar com o corpo, encurtando a existência terrena de pessoas e animais, mas jamais criou um sopro de fluido vital.
Faz-se oportuno pararmos para refletir um pouco sobre tudo isso.
O homem verdadeiramente sábio realiza cirurgia intrauterina, corrigindo a má formação do feto, fazendo das próprias mãos uma extensão das mãos de Deus, auxiliando as criaturas.
Já o pseudossábio prefere eliminar do ventre materno o bebê com deformidades, porque pensa que Deus não sabe o que está fazendo.
A vida tem que seguir o seu curso natural, conforme estabeleceu a Divindade.
Mulheres e homens que necessitam da esterilidade, já nascem com ela.
Crianças que não devem nascer, são abortadas naturalmente.
E os doentes que não necessitam mais do sofrimento, desatam-se do corpo como uma frágil vela que se apaga.
Para tudo isso, Deus não necessita da ajuda dos homens. Mas solicita, sim, o concurso desses na preservação da vida. Isso sim, o homem pode, e deve fazer.
* * *
Allan Kardec apresentou aos Espíritos a seguinte pergunta:
-Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?
E os Espíritos responderam:
-Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele nada faz de inútil. O homem, que apenas vê um canto do quadro da natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base no item 687, de O
livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 6.1.2014.
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