sábado, 1 de fevereiro de 2020

ESSES OUTROS SERES

Os animais são seres que muito colaboram com o homem. A História registra o valor excepcional dessas criaturas, ombreando com o ser humano, no desbravar das terras, no cultivo das searas, no aconchego das cavernas, nas primeiras cabanas. Desde alguns anos, cientistas passaram a estudar as relações e interações entre animais e humanos, que existem desde sempre. Baseados nesses estudos, que pontuaram os benefícios que os animais trazem para o bem-estar e a saúde dos homens, foi criada a zooterapia. Também conhecida como terapia assistida por animais, é uma técnica de reabilitação e reeducação física, psíquica, social e sensorial, na qual os animais são usados como assistentes. Essa terapia, tanto pode tratar problemas psicológicos quanto físicos. O cavalo, por exemplo, por seus movimentos para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita, para a frente e para trás, similares aos padrões do movimento humano, auxilia no desenvolvimento psicossocial de crianças e indivíduos com necessidades educativas especiais. Entre eles, deficientes físicos ou portadores de atraso mental e autismo. É no nosso dia a dia, entretanto, que alguns animais revelam suas qualidades mais surpreendentes. O cão, por exemplo, considerado o melhor amigo do homem, fiel até após a morte do seu dono. É comum os observarmos, ao lado dos humanos, de tal forma interagindo, que não se sabe bem quem pertence a quem. E, homens e mulheres que não falariam com estranhos, de forma alguma, no parque, na praça, no pet shop, observando um o cão do outro, rapidamente se aproximam, conversam, trocam impressões. Elogiam o pelo do animal, indagam a respeito de produtos utilizados, a ração mais adequada, a época das vacinas e por aí afora. Por sua vez, crianças habitualmente tímidas, de imediato, interagem com o animal que lhes atrai a atenção. Aproximam-se, acariciam, abraçam como se fosse um reencontro. E, para surpresa dos próprios pais, descrevem, a quem desejar ouvir, em total descontração, o comportamento do seu animalzinho, do que ele gosta ou não gosta. 
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A Divindade tem múltiplas formas de auxiliar o ser humano. Criou a lei de sociedade, levando-nos a essa convivência, a fim de nos auxiliarmos mutuamente, para que cresçamos juntos. Proporciona ainda a presença desses outros seres, que têm a capacidade de acabar com a tristeza embutida, apenas com o seu alegre abanar da cauda, com as lambidas que nos afagam o rosto e as mãos, com o roçar dengoso em nossas pernas e o abraço inesperado num salto ágil em nossos braços. Quem pode resistir a tanta insistência? Nós, os humanos, quando somos rechaçados, nos ressentimos e nos fechamos. Mas, o cão, ao qual dizemos para se afastar, para ir para longe, volta logo mais e torna a oferecer a sua alegria, de todas as formas possíveis. Deveríamos aprender com esse ser irracional. Pensemos nisso e, responsáveis por qualquer animal, lembremos de, além de lhe providenciar o essencial, lhe termos respeito, zelando pelo seu bem-estar. 
Redação do Momento Espírita. 
Em 3.10.2017.

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