segunda-feira, 3 de junho de 2019

OS BONS E OS MAUS!

ALLAN KARDEC
Qual deve ser a postura dos que desejamos ser homens e mulheres de bem neste mundo irrequieto? 
Certamente, aqueles que nos propomos a uma vida mais digna, mais interessada no bem comum, encontramos muitos desafios. Há incompreensão, ingratidão e até indignação, por parte daqueles que pensam diferente. Importante lembrar que não estamos em guerra uns com os outros. Estamos juntos buscando crescimento, evolução integral. Assim, evitemos posturas separatistas, segregadoras e um tanto maniqueístas, que colocam de um lado bons e do outro os supostos maus. No século III, o filósofo Mani ou Maniqueu, criou uma doutrina, que conhecemos sob o nome de Maniqueísmo, e que influenciou muitas correntes filosóficas e religiosas ao longo do tempo. Segundo seus preceitos, há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos. De um lado o bem e de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio. Ainda conforme esse conceito, tudo que é matéria representa essencialmente o mal, enquanto o Espírito está ligado intrinsicamente ao bem. A Doutrina Espírita nos deixa claro que a matéria é instrumento precioso de progresso, um importante meio de progredirmos. Os desequilíbrios se dão quando nos ligamos, de forma excessiva ou quase exclusiva, ao que é apenas material e transitório. Também nos ensina que não existe essa força poderosa oposta ao Criador, que lhe faz frente em igualdade. Afinal, Deus não criou nenhum ser destinado ao mal em sua essência. O Universo e suas leis são bons, isto é, trabalham pela evolução de tudo e de todos. O que seria então o mal? Esse mal que nos assombra os dias? Por que há tanta maldade em nós e naqueles que estão ao nosso redor? Primeiro, importante saber que o bem é tudo o que está conforme a Lei de Deus. O mal, tudo o que é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a Lei Divina, que está inscrita na consciência humana. Fazer o mal é infringir essa Lei. O mal é, portanto, uma infração à Lei natural. Consequentemente, toda ação maléfica gera a necessidade de correção, de ajuste. O mal em nós não é eterno. Tem uma curta validade, uma vez que basta que nos esclareçamos um pouco mais, para que deixemos de praticá-lo intencionalmente. Por isso, recebemos a inteligência, que nos compete desenvolver, pois é determinante para que saibamos distinguir melhor o que nos é bom e o que nos faz mal; o que é do bem comum e o que não é; o que está de acordo com as Leis Divinas e o que vai contra. A opção pela infração é sempre pessoal. Os que somos maus o somos por vontade própria. Então, precisamos educar a vontade. Esta é a razão de estarmos neste planeta: nos educarmos individual e mutuamente.
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ANDRÉ LUIZ E CHICO XAVIER
O sábio não critica o ignorante. Procura esclarecê-lo fraternalmente. O iluminado não insulta o que anda em trevas. Busca, ao contrário, lhe iluminar o caminho. O orientador não acusa o aprendiz. A ovelha insegura é a que mais reclama os cuidados do pastor. O forte não culpa o fraco. Compromete-se a erguê-lo. O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo. 
Redação do Momento Espírita, com base nas questões 629 a 646 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, e no cap. 17, do livro Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ambos ed. FEB.
Em 31.5.2019.
http://momento.com.br

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