terça-feira, 10 de maio de 2016

CASAMENTO

O que você pensa a respeito do casamento? As respostas para esta pergunta são as mais variadas. Uns dizem que o casamento é uma instituição falida. Outros afirmam que é coisa do passado, que o moderno é viver o sexo livre, sem maiores compromissos. Vejamos o que os Espíritos responderam à questão proposta por Allan Kardec, em O livro dos Espíritos: Que efeito teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento? Seria uma regressão à vida dos animais. O estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão exemplo de uniões constantes. Podemos perceber, com esta resposta, que o casamento é uma excelente escola de aprendizado para o casal e para os filhos que chegam através da sua união. Todavia, o que ocorre é que poucas pessoas se preparam convenientemente, antes do consórcio matrimonial. A ausência desse cuidado, quase sempre ocasiona desastre imediato de consequências lamentáveis. Tentados por paixões de variada ordem, que se estendem desde o apelo sexual até os jogos dos interesses financeiros, deixam-se levar e caem nas armadilhas da própria irresponsabilidade. Podemos perceber que o problema não está no casamento em si, mas na condução que damos a ele. Considerando que o lar é a célula básica da sociedade, a característica de cada sociedade será a resultante das características gerais das famílias que nela vivem. Assim, se os pilares que deveriam sustentar cada lar desmoronam, a sociedade inteira se ressente com as consequências. E se não há harmonia no lar, que é o embrião da sociedade, não haverá sociedade harmonizada. Além disso, sendo o casamento uma grande escola para se aprender a arte do convívio, a fraternidade, a solidariedade, o cultivo do afeto, se este não sobrevive, o que podemos esperar da comunidade? Infelizmente, o que se pode constatar, quando um casamento se desfaz, é a supremacia do individualismo, do egoísmo, da tola vaidade, do orgulho e da prepotência de uma ou de outra parte, ou de ambas. O que acontece é que geralmente os casais se esquecem das promessas feitas quando da assinatura desse contrato de convivência mútua que chamamos casamento. As promessas foram as de ficar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza ou na pobreza, mas juntos. E dificilmente o casamento mal estruturado resiste aos primeiros golpes da dificuldade que se apresenta. Os casais se esquecem de que apenas algumas gotas de tolerância podem salvar e fortalecer a união. Que a renúncia preserva o convívio e o torna mais sólido. Que o esquecimento de um mal-entendido aproxima e engrandece os seres. E que o amor, nas suas mais variadas expressões, é a ferramenta capaz de solidificar e conservar a união dos seres por toda a eternidade. 
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O matrimônio é abençoada oficina onde podemos aprender a tecer os mais lindos sonhos de ventura e paz. É a oportunidade bendita de reatar os laços rompidos em existências passadas ou estreitar o afeto iniciado com alegria. O casamento é experiência nobre que pode nos credenciar aos altos planos da Criação, ao encontro da felicidade plena que tanto desejamos. 
Redação do Momento Espírita, com base no item 696 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB. Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. FEP. Em 9.12.2013.

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