segunda-feira, 9 de maio de 2016

CASAMENTO FELIZ

John e Julie Gottman
Qual o segredo para um casamento feliz? Todo relacionamento é desafiador. Quanto mais íntimo se faz, mais dedicação nos exige. Assim, a vida a dois, o compartilhar a nossa existência com outrem, demanda empenho e atenção. Porém, será possível entender quais as melhores virtudes para construir um casamento feliz? Se a paixão inicial, e logo em seguida o amor, são fatores indispensáveis, haverá outros valores que necessitam permear a relação? Pensando nisso, dois psicólogos americanos, John e Julie Gottman, fizeram um estudo com casais para entender o sucesso ou fracasso de um casamento. Analisaram o comportamento de cento e trinta casais, como eles se relacionavam, como reagiam entre si, em atitudes corriqueiras, como cozinhar, limpar a casa, fazer as refeições. Baseados em suas percepções, os pesquisadores classificaram os casais em dois grupos básicos. Passados seis anos, os psicólogos voltaram a analisar os mesmos casais. Perceberam que os pertencentes ao primeiro grupo continuavam casados e felizes. Porém, aqueles que foram classificados no segundo grupo, ou estavam separados, ou permaneciam juntos, porém, infelizes. Ao analisar as causas de sucesso do primeiro grupo, o casal Gottman percebeu que duas virtudes preponderavam na vida desses casais: a bondade e a generosidade. Os psicólogos perceberam que, a longo prazo, torna-se fundamental e significativo que nas ações diárias, mesmo nas mais corriqueiras, a generosidade e a bondade estejam presentes. Por exemplo, a esposa se atrasa para um compromisso porque despendeu um tempo maior se arrumando. A reação do marido poderá ser a de brigar, resmungar e reclamar que ela sempre se atrasa, que nunca consegue cumprir horários. Ou ele poderá perceber nisso um zelo e cuidado dela para se apresentar em sua companhia, de um jeito especial e da melhor forma. Se o marido vai ao supermercado e esquece a compra de alguns itens, trazendo metade do relacionado, a esposa pode reclamar, dizer que ele não dá valor às coisas da casa, chamá-lo de distraído e descuidado. Ou ela poderá lhe agradecer por ter ido ao supermercado, e apenas refazer a lista com o que faltou. São nos detalhes, nas pequenas observações, nas respostas às perguntas mais simples que conseguimos alimentar a relação com demonstrações de generosidade e de amor. Como um lubrificante a facilitar o movimento das engrenagens, esses sentimentos permitem que a vida a dois ganhe profundidade e solidez. Assim, em nome do casamento que elegemos para nós, analisemos quanto de bondade e generosidade temos para com nosso cônjuge. Frente à resposta ríspida, utilizemo-nos da bondade da palavra suave e compreensiva. Substituamos o julgamento severo e rígido, muitas vezes já desgastado pelo tempo, pela generosidade de quem percebe e reconhece valores em quem nos acompanha. Pensemos nesses detalhes. 
Redação do Momento Espírita. Em 11.9.2015.

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