segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

LIMITES DO AMOR

DIVALDO PEREIRA FRANCO
E
JOANNA DE ÂNGELIS
Até onde o amor pode chegar? 
A pergunta é feita toda vez que algumas tragédias abalam a opinião pública. 
Tragédias como suicídios, assassinatos e perseguições de criaturas que até um momento antes afirmavam se amarem profundamente. 
Nesse cenário, vidas humanas são sacrificadas. 
Jovens, com um futuro promissor à frente, face à possibilidade de perderem a sua amada, optam pelo suicídio. 
E como uma forma de vingança, fazem questão de deixar um bilhete incriminatório, quando não decidem dar cabo da própria vida frente a quem afirmam ser o objeto do seu amor. 
Criaturas que viveram juntas alguns anos, que geraram filhos, de repente, face a uma traição, um abandono, optam pela morte própria e dos filhos.
Filhos que, na maioria das vezes são muito pequenos e a quem não é perguntado se desejam morrer. 
Ou servir de instrumento de vingança contra o outro. 
Ante tais fatos, nos indagamos se será verdadeiramente amor o sentimento que une as criaturas que se destroem mutuamente, e levam consigo outros seres, filhos da própria carne? 
Será amor este sentimento que prefere destruir a renunciar? 
O amor é de essência Divina, afirmam os Espíritos nobres. 
Ora, se é divino, somente pode criar coisas belas, cenários de tranqüilidade e de paz. 
Quem ama não agride o ser amado, em circunstância alguma. 
Não amado, prossegue amando, desde que a plenitude do amor é o seu próprio exercício. 
O amor se caracteriza por sentimentos de generosidade, de altruísmo, de desprendimento. 
Quem ama deseja sempre o bem do outro, não importando as circunstâncias. 
Devemos concluir que, enquanto estivermos nos agredindo, o sentimento poderá ter muitas nuanças, mas não se poderá chamar amor. 
Nesse contexto, é igualmente salutar recordemos que ninguém é dono de ninguém. 
Os que devemos constituir os lares, já traçamos as metas antes da reencarnação, no Mundo Espiritual. 
Sempre atendendo a propósitos de elevação e progresso. 
Lembrarmos que os nossos filhos não são nossa propriedade. 
Vêm através de nós, mas não nos pertencem. 
Fornecemos-lhes corpos para se desenvolverem na Terra. 
Contudo, a alma pertence ao Pai de todos nós. 
Vindos por nosso intermédio, trazem eles também suas missões e provas a cumprir. 
E não temos o direito de lhes criar obstáculos. 
Se estivermos sofrendo situações em que o amor parece ter adoecido, permitamo-nos a reflexão, a meditação. 
Se alguém que vive ao nosso lado deseja partir, não o agrilhoemos, em nome do nosso amor. 

Se alguém nos fere ou nos agride, não revidemos, recordando que sempre o que assim age, se encontra enfermo. 
Como enfermo, não necessita da nossa sentença de morte ou perseguição acirrada, mas de médico do corpo e da alma. 
Se amamos, doemos nossa cota de amor, orando pelos nossos amores, onde estejam, com quem estejam, como se encontrem. 
* * * 
O amor tudo resolve. 
Se, por acaso, o céu dos teus sorrisos está com as estrelas da alegria apagadas, ama, assim mesmo. 
Desta forma, iluminarás outros corações que se encontram em trevas mais sombrias, porque todo aquele que ama irradia luz e calor.
Permanece feliz em qualquer circunstância. 
Redação do Momento Espírita com base em reportagem da Revista Isto é nº 1444, de 4.6.97, pág. 112 e no verbete Amor, do livro Repositório de sabedoria, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, v. 1, ed. Leal.

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