terça-feira, 10 de janeiro de 2023

PÁGINA DO CAMINHO

JESUS E CHICO XAVIER
Para se lançar nas atividades do bem, não aguarde o companheiro perfeito. 
A perfeição não costuma se fazer presente na rota dos seres em evolução. 
Você esperava ansiosamente a criatura irmã para formar o lar mais ditoso. 
Entretanto, o matrimônio lhe trouxe alguém a reclamar sacrifício e ternura. 
Contava com seu filho para ser um amigo próximo e fiel, a compartilhar seus sonhos e ideais. 
Contudo, ele alcançou a mocidade e fez-se homem sem se interessar por seus projetos. 
Você se amparava no companheiro de ideal, que lhe parecia digno e dedicado. 
Mas, de um momento para o outro, a amizade pura degenerou em discórdia e indiferença. 
Mantinha fé no orientador que parecia venerável, em suas palavras sábias e em seus atos convincentes. 
No entanto, um dia ele caiu de modo formidável, arrastado por tentações de que não se preveniu a contento. 
É compreensível e humana a dor de ver ruírem esperanças e relações.
Contudo, embora mais solitário, continue firme no trabalho edificante que lhe constitui o ideal. 
Cada homem carrega consigo seus potenciais e dificuldades. 
A queda e a deserção de um não justificam as de outro. 
Sempre é possível mirar-se em quem cai e passa a rastejar.
Entretanto, convém antes pensar nos que seguem adiante, altivos e valorosos. 
De um modo ou de outro, cada homem responde pelas consequências que gera. 
Na hora de enfrentá-las, será de pouco conforto lembrar que outros também padecem pela adoção de semelhante conduta. 
É normal desejar companheiros de ideais e afeições puras nas quais se fortaleça. 
Mas, quase sempre, aqueles a quem você considera como os afetos mais doces possuem importantes fragilidades. 
Deseja que sejam autênticos sustentáculos na luta, quando simbolizam tarefas que solicitam renúncia e amor de sua parte. 
Se deseja viver no bem, não valorize o gelo da indiferença e o fel da incompreensão. 
Lembre-se de que o coração mais belo que pulsou entre os homens respirava na multidão e seguia só. 
Possuía legiões de Espíritos angélicos. 
Mas aproveitou o concurso de amigos frágeis que O abandonaram na hora extrema. 
Ajudava a todos e chorou sem ninguém. 
Mas, ao carregar a cruz, no monte áspero, continuou a legar preciosas lições à Humanidade. 
Ensinou que as asas da Imortalidade podem ser extraídas do fardo de aflição. 
Também mostrou que, no território moral do bem, alma alguma caminha solitária. 
Embora a aparente derrota no mundo, todas seguem amparadas por Deus rumo a destinos gloriosos. 
Pense nisso. 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 33, do livro O Espírito da Verdade, por Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB. 
Em 10.1.2023.

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