DIVALDO PEREIRA FRANCO E JOANNA DE ÂNGELIS |
Os empresários costumam fazer levantamentos diários, relatórios que indicam o mercado mais rentável e, dessa forma, decidem como, em que, e quando investir.
De maneira geral, todos somos empresários de nós mesmos, decidimos sobre nossa economia, nossos investimentos e elegemos uma escala de valores que passamos a seguir.
Todavia, na maioria das vezes, a nossa atenção está voltada para as questões materiais.
Queremos as vantagens imediatas.
Buscamos investir sempre em algo que nos traga resultados a curto prazo.
É louvável que nos ocupemos com as coisas da vida material pois vivemos num mundo material.
O que normalmente acontece, é que relegamos para segundo plano as questões que dizem respeito ao Espírito imortal que somos todos nós.
Investimos tanto no corpo, que ficará preso à Terra, ocupamo-nos tanto com os investimentos materiais, que teremos que deixar na Terra, e pouco nos voltamos para o Espírito, que continuará sempre vivo.
Como dissemos, as coisas da Terra são importantes como meio de progresso, mas não são o fim objetivado com a reencarnação.
Se é saudável fazermos ginástica para que nosso corpo fique em forma, é também de suma importância que exercitemos um pouco o Espírito, procurando dar a ele uma feição melhor.
Se evitamos todos os negócios que não nos trazem lucros financeiros, por que não evitamos tantas ações que nos trazem prejuízos morais de grande monta?
Vale a pena meditar sobre nossos valores.
Fazer, de vez em quando, um levantamento de como melhorar os investimentos em nível espiritual.
Não investir na inveja, veneno corrosivo que destrói a nossa paz interior.
Deixar de investir na vingança, enfermidade que causa mal-estar e desdita a quem a agasalha na intimidade.
Não aplicar nem mais um segundo no ódio, inimigo letal de todos que o cultivamos no ser.
Retirar todos os esforços empregados na maledicência, na calúnia, no orgulho, na vaidade desmedida.
Investir no Espírito que passará pelo túmulo e continuará mais Além, no plano espiritual, de onde todos viemos.
Voltar para lá levando na bagagem investimentos nobres, que nos deem uma feição melhorada, que sirva de sustentação para nossa nova jornada, e para que não sejamos um peso para aqueles que nos aguardam do outro lado da vida.
Esta é a proposta do Espiritismo, esta sempre foi a proposta do Cristo: Viver no mundo, sem ser do mundo.
Usufruir das coisas do mundo mas não se deixar possuir por elas.
E, quando tivermos que deixar os bens que pertencem à Terra, que possamos fazê-lo com serenidade, sem agarrar-nos de forma prejudicial aos haveres que Deus nos emprestou para nossa evolução intelectual e moral.
* * *
No jogo dos investimentos chegará a hora da prestação de contas.
E, então, compreenderemos que os investimentos imediatos ficarão retidos nas aduanas da Terra, enquanto os da vida abundante, e somente estes, seguirão conosco por todo o sempre.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos do verbete
Investimento, do livro Repositório de sabedoria, v. 2,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.2.2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário