Divaldo Pereira Franco e Espírito Manoel Philomeno de Miranda |
-Há muitas moradas na casa de meu Pai.
E nos abriu o Universo, com todos seus planetas, astros, sistemas solares.
Tantos ainda não descobertos pela nossa tecnologia.
Giordano Bruno, filósofo italiano, morreu queimado na fogueira por afirmar a infinitude do Universo e a existência de outros mundos habitados.
Contudo, não poderia ser de outra forma.
Para que o Pai Celeste conceberia tantos esplendores senão para abrigar os seres que continua a criar?
A fala de Jesus é concisa, própria dos grandes sábios.
Como excelente pedagogo, Ele lança a ideia e deixa à Humanidade terrena, no transcorrer dos séculos, a investigação do macrocosmo.
Há muitas moradas na casa de meu Pai.
Moradas físicas, nas quais as humanidades se agitam, no processo da evolução.
Também moradas espirituais, para as almas, enquanto não estagiam nos planetas.
E nós pensamos para onde iremos ao sair do corpo de carne.
Séculos nos acenaram com céus de delícias.
Um local de descanso, um fazer nada, depois das lutas da Terra.
Assinalamos isso nas lápides dos túmulos quando esculpimos Descanse em paz.
No entanto, a pouco e pouco, vamos recebendo as informações daqueles que partiram e vivem nesse outro mundo.
E descobrimos que é um mundo ativo, com organização e disciplina.
Repouso absoluto seria algo terrível para a nossa Imortalidade.
Tarefas nos aguardam, nessa morada do Pai.
Possibilidades de estudo, aprimoramento de nossas faculdades intelectivas, preparando-nos para o retorno a uma morada física, em algum tempo.
Conferências de conteúdos profundos, apresentadas por expositores de esferas superiores, que encantam e iluminam a inteligência.
Entre estudo, trabalho, também áreas ajardinadas, com vegetação desconhecida para os que somos da Terra.
Brisa aromatizada com a explosão de flores de matizes múltiplos.
Música sublime como que vibra na atmosfera, executada por virtuoses em delicados instrumentos.
Música que penetra os ouvintes deslumbrados.
A música dos imortais, que se ouve uma vez e não se esquece nunca mais, como canta o Poema da Gratidão.
Teatro e dança elevados, que os temos reproduzidos na Terra, pelos que consideramos gênios da beleza, das artes, nos oferecendo espetáculos de cores, sons e movimentos.
Contatos e diálogos com mensageiros da luz, reencontros com os nossos amores, de muitas vidas.
Oportunidade de rememorar fatos vividos em épocas distintas, que nos engrandeceram o Espírito.
Convívio doméstico, porque ali nos reunimos por afinidades e constituímos comunidades que interagem umas com as outras.
Moradas do Pai.
Quantas haverá nem podemos imaginar, desde que Ele cria sem cessar.
Isso nos estimula ao progresso, ao bem, nesta vida, a fim de que possamos subir alguns degraus na evolução e um dia, quiçá, não muito distante, usufruir de um desses ninhos de amor, no Além.
Extasiar a alma, enchê-la de luz e entusiasmo e depois retornar para esta mesma morada terrena ou para qualquer outra que nos assinale a Divindade.
Há muitas moradas na casa de meu Pai.
E nós, os Seus filhos, somos herdeiros de todas elas.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 15, do livro
Reencontro com a vida, pelo Espírito Manoel Philomeno de
Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 30.9.2022.
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