Neste dia, em que o júbilo nos toma os corações, em que vemos tremular nossa bandeira enquanto cantamos o Hino Pátrio, recordamos de quantos ofertaram suas vidas para que chegássemos a este patamar.
Recordamos do primeiro movimento nativista que levou Filipe dos Santos à morte horrenda, da Inconfidência Mineira, que culminou com a morte de um herói e degredo para outros tantos.
Da heroína baiana, morta covardemente à porta do convento, e que se transformou em líder espiritual, prosseguindo a acalentar os corações de nosso povo.
De muitos povos.
A sua mensagem é a da liberdade autêntica, sem entraves que nos retenham ao passado, nem reprise de erros.
É possível que alguns de nós nem registremos lances históricos e sejamos daqueles que somente apontam os defeitos de um país ainda jovem.
Pouco mais de quinhentos anos.
Um país adolescente, que mal respira sua Independência de Duzentos Anos.
Damo-nos conta de que obedecíamos, há dois séculos apenas, a outro país, que não tínhamos nossa própria identidade?
Por isso, Brasil amado, neste dia em que rufam os tambores, não para a guerra, mas para as comemorações, em que verde, amarelo, azul e branco são as cores do nosso coração, te desejamos progresso e paz.
Desejamos que todos os teus filhos despertem para o ideal de imensidão do teu território.
Que lutem pela manutenção da soberania nacional, que o estrangeiro somente seja aquele que venha para se abrigar em teu solo amigo, disposto a colaborar para a tua grandeza.
Desejamos que os nossos governantes sejam lúcidos, amantes da Ordem e do Progresso.
Aguardamos por líderes autênticos que tenham por ideal a paz e o bem comum.
Que pensem muito mais na responsabilidade de que se revestem seus temporários cargos do que na satisfação pessoal de honrarias e privilégios.
Duzentos Anos de Independência.
Quantos mais precisarão se somar a esses para sermos um povo realmente independente?
Um povo que respira solidariedade.
Um povo que abraça o compromisso de amar a Pátria, honrando-a com o respeito e trabalho digno.
Um povo que ouviu o chamado da Pátria do Evangelho e procede como quem, realmente, vive a Boa Nova e a deseja vivenciar, a cada dia.
Um povo que, contemplando as estrelas, se vê abençoado pelo Cruzeiro do Sul, lembrando de um pastor sem igual e lhe desejando seguir as pegadas.
Nação brasileira!
Somos todos nós, os nascidos neste bendito torrão e aqueles que, espontaneamente, o viemos adotar como nosso lar.
É hora de despertar.
Há Duzentos Anos ouvimos o clamor:
Brava gente brasileira,
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Deixemos morrer nossas ânsias de poder e trabalhemos pelo bem comum.
Deixemos morrer nossas vaidades e abracemos o serviço do bem.
Alcemos nossa bandeira.
Ordem e Progresso sejam os comandos.
Despojemo-nos dos vícios que nos retêm na retaguarda.
Mostremos ao mundo que somos realmente um povo comprometido com a paz e o progresso.
Coração do mundo.
Seja esta data nosso marco definitivo de adesão ao verdadeiro Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.
Redação do Momento Espírita
Em 7.9.2022.
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