sexta-feira, 23 de setembro de 2022

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Sete de setembro. 
Feriado nacional. 
Dia da Independência do Brasil. 
Por todo o país se fazem presentes as comemorações. 
São desfiles militares, escolares, civis. 
Discursos, bandas, orquestras. 
Evoca-se 1822, em verso e prosa. 
Enaltece-se Dom Pedro I como o Libertador. 
Desde a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa, não regressando a Portugal, estava proclamada a Independência do Brasil. 
O príncipe tinha suas noites povoadas de sonhos de amor à liberdade.
Desenvolvia no Espírito as noções da solidariedade humana. 
Não representava o tipo ideal necessário à realização dos projetos espirituais, mas era voluntarioso. 
E ele era a autoridade. 
Os patriotas já não pensavam noutra coisa que não fosse a organização política do Brasil. 
A imprensa da época concentrava as energias nacionais para a suprema afirmação da liberdade da pátria. 
As pessoas viviam a expectativa. 
Todos os corações aguardavam. 
Então, no retorno da sua viagem a São Paulo, um correio leva ao conhecimento de Dom Pedro as novas imposições das cortes de Lisboa.
Ali mesmo, nas margens do Ipiranga, ele deixa escapar o grito:
-Independência ou Morte! 
Sem suspeitar, Dom Pedro era dócil instrumento de um emissário divino, que velava pela grandeza da pátria. 
Consumou-se o fato e, logo, os versos do Hino da Independência eram cantados: 
Já podeis da pátria filhos, 
ver contente a mãe gentil. 
Já raiou a liberdade, 
no horizonte do Brasil. 
A Independência do Brasil foi fruto do intenso trabalho das hostes espirituais junto aos homens. 
Muitos homens deram a vida por este ideal. 
São passados mais de duzentos anos da nossa Independência. 
Olhamos o nosso imenso país, um gigante geográfico e nos indagamos:
-Somos realmente livres? 
A verdadeira independência é moral. 
Enquanto prosseguem vigentes o jeitinho brasileiro e a Lei de Gerson não seremos livres. 
Quando assumirmos nosso papel de homens dignos, corretos, fiéis aos nobres ideais, seremos livres. 
Quando o estandarte da solidariedade e da tolerância se implantar em nossos corações, a nossa bandeira verde e amarela tremulará mais bela. Quando estendermos os braços para o bem da comunidade, as estrelas do pano pátrio brilharão com maior intensidade. 
Quando a ordem e a disciplina se instalarem nas ações de todos nós, o branco do pavilhão nacional terá alcançado o verdadeiro sentido: a paz.
Para que o progresso real se instale, é necessário que as individualidades cresçam. 
A soma das conquistas pessoais resultará no crescimento coletivo. 
Hoje é um excelente dia para se propor a trabalhar pelo nosso gigante.
Dizem que está adormecido, mas só porque os seus filhos dormem. 
A mãe gentil que nos recebe nesta etapa da vida no planeta merece-nos o esforço. 
Se quisermos, e só se quisermos, poderemos tornar verdadeira, desde agora a assertiva espiritual: 
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
Coração que pulsa, que ama, que não relega ao abandono os seus filhos.
E tanto quanto pode, recebe e ampara os filhos de outros solos. 
Pátria do Evangelho que irradia o bem, que serve de modelo, que luta pela justiça, pela verdade. 
Independência moral. 
Crescimento real. 
Vamos todos começar neste dia a lutar por tais objetivos?
 * * * 
Você sabia que Tiradentes, morto em 1792, continuou após a sua morte, a trabalhar pela Independência do Brasil? 
Ele estava com o Príncipe Regente Dom Pedro no grito do Ipiranga. 
Isso demonstra que os Espíritos, mesmo abandonando a carne, prosseguem nos ideais abraçados. 
Os Espíritos, como os homens, amam o torrão que lhes serviu de berço, se interessam pelas coletividades, trabalham pelo bem geral. 
Redação do Momento Espírita, com base nos cap. 18 e 19, do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB. Disponível no livro Momento Espírita, v. 6 e CD Momento Espírita, v. 33, ed. FEP. 
Em 29.8.2018.

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