domingo, 11 de setembro de 2022

INCOMPATIBILIDADE OU IGUALDADE?

-Você gosta do meu vestido?, perguntou uma menina para uma estranha que passava. 
- Minha mãe fez para mim! comentou com uma lágrima nos olhos.
- Bem, eu acho que é muito bonito. Mas me conte porque você está chorando, disse a senhora. 
Com um ligeiro tremor na voz a menina falou: 
- Depois que mamãe me fez este vestido, ela teve que ir embora. 
- Bem, disse a senhora, agora você deve ficar esperando por ela. Estou certa que ela voltará em breve. 
- Não senhora, a senhora não entendeu. Meu pai disse que a mamãe está com meu avô, no céu.
Finalmente, a mulher percebeu o que a criança estava dizendo e porque estava choramingando. 
Comovida, ajoelhou-se e, carinhosamente, embalou a criança nos braços.
Acariciando-a, chorou baixinho com ela. 
Então, de repente, a menina fez algo que a mulher achou muito estranho: começou a cantar. 
Cantava tão suavemente que era quase um sussurro. 
Era o mais doce som que a mulher já tinha ouvido. 
Parecia a canção de um pássaro. 
Quando a criança parou de cantar, explicou para a senhora: 
- Minha mãe cantou esta canção para mim antes de ir embora. Ela me fez prometer sempre cantar quando começasse a chorar, porque isso me faria parar. Veja, exclamou a criança, cantei e agora os meus olhos estão secos. 
Quando a mulher se virou para ir embora, a pequena menina se agarrou na sua roupa. 
- Senhora, pode ficar apenas mais um minuto? Quero lhe mostrar uma coisa. 
- Claro que sim, falou a dama. O que você quer que eu veja? 
Apontando para uma mancha no seu vestidinho, a menina falou: 
- Aqui está a marca onde minha mãe beijou meu vestido. E aqui, disse, apontando outra mancha, é outro beijo, e aqui, e aqui. A mamãe disse que colocou todos esses beijos em meu vestido para que eu sempre tenha seus beijos se algo me fizesse chorar. 
Naquele momento a senhora percebeu que não estava apenas olhando para uma criança, cuja mãe sabia que iria partir e que não estaria presente, fisicamente, para beijar as lesões que a filha viesse a ter. 
Aquela mãe havia gravado todo seu amor no vestido da sua pequena e encantadora criança. 
Vestido que agora a menina usava tão orgulhosamente. 
A mulher já não via apenas uma pequena menina dentro de um simples vestido. 
Via uma criança embrulhada no amor de sua mãe. 
*** 
A morte a todos alcança. 
Preparar-se para recebê-la com dignidade, preparando igualmente os que permanecerão na terra por mais tempo, demonstra altruísmo e grandeza de alma. 
Como Jesus nos afirmou que nenhum de nós sabe exatamente a hora em que terá que partir, importante que distribuamos o nosso amor e vivamos as nossas vidas em totalidade. 
Assim, quando tivermos que partir, as lembranças do que fomos e do que fizemos, aquecerão as almas dos nossos amores, amenizando o vazio da nossa ausência física. 
Pensemos nisso! 
Redação do Momento Espírita, baseado em texto de autor desconhecido intitulado: “Amor eterno”.

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